"EM TEMPOS DE M E N T I R A UNIVERSAL,

DIZER A V E R D A D E É UM ATO REVOLUCIONÁRIO"

George Orwel
"Quando enterrada, a verdade cresce e se sufoca, ganha uma força tão explosiva que quando vem a tona vai explodindo tudo."

Emile Zola

"Numa obra de arte, o crítico busca o teor de verdade (wahrheitsgehalt), o comentador o teor de coisa (sachgehalt). O que determina a relação entre os dois é esta lei fundamental de toda escrita: à medida que o teor de verdade de uma obra adquire mais significação, sua ligação com o teor de coisa se torna menos aparente e mais interior.

[...] então, somente ele [o historiador, o filósofo] pode colocar a questão crítica fundamental: a aparência do teor de verdade se prende ao teor de coisa, ou a vida do teor de coisa se prende ao teor de verdade?

Pois, ao se dissociarem na obra, eles decidem sobre sua imortalidade. Neste sentido a história das obras prepara sua crítica e aumenta assim a distância histórica de seu poder.

Se compararmos a obra à fogueira, o comentador está diante dela como o químico, o crítico como o alquimista. Enquanto para aquele madeira e cinzas são os únicos objetos de sua análise, para este apenas a chama é um enigma, o enigma do vivo.

Assim o crítico se interroga sobre a verdade cuja chama viva continua a arder por cima das pesadas lenhas do passado e da cinza ligeira do vivido. " Walter Benjamim

"NÃO PERCA TEMPO TENTANDO SER

NINGUÉM EXCETO VOCÊ MESMO,

PORQUE AS COISAS QUE TE FAZEM

UM ESTRANHO SÃO AQUELAS

QUE TE DEIXAM PODEROSO"
PLATT

UMA OBRA SÓ SE TORNA OBRA DE ARTE A PARTIR DA CRÍTICA.


CUIDADO!
ARTE inclui:Dança, Música, Teatro, Literatura,Pintura, Escultura,....., e todo trabalho que dedicamos (pelos nossos TALENTOS) e o realizamos com AMOR (sem inveja, nem dor, nem....)!!!!!!
"UMA FOTO É UM SEGREDO SOBRE UM SEGREDO.

QUANTO MAIS ELA DIZ, MENOS VOCÊ SABE."
D.A.



"A VIDA É UM SONHO.

TORNE-O REAL".
M.T.


"INCAPAZ DE PERCEBER A TUA FORMA, TE ENCONTRO EM VOLTA DE MIM.
TUA PRESENÇA ENCHE MEUS OLHOS COM TEU AMOR, AQUECE MEU CORAÇÃO, POIS ESTÁS EM TODO LUGAR"
A que se presta este blog??????????...............a estabelecer notícias, comentar fatos do cotidiano no e do mundo........elaborar alguma crônica de autoria dos blogueiros responsáveis (que, é óbvio, são maiores, responsáveis, éticos, e nada crianças - embora possuir a leveza das crianças "educadas" não seja nada ruim!!!!!).......realizar críticas, como pensamos não existir nas mídias que temos e vemos..........com, cremos, sabedoria e precisão.........com intuito de buscar melhorias em nossas relações com os seres vivos........e com/para o mundo..........se possível!!!!!!................



Críticas por e pela ARTE ( ESTÉTICA COM ÉTICA - como deve ser!!!! - desde a PAIDÉIA - A BILDUNG - .......ATÉ O SEMPRE!!!!!!!)




EDITORIA RESPONSÁVEL:
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA E
VERA MARTA REOLON

domingo, 19 de novembro de 2017

OSUCS

Então...........

Hoje fomos ver a Orquestra Sinfônica da Universidade de Caxias do Sul....


Tudo muito bonitinho....

afinal.........nasci no dia da música............se eu não gostar de música então.........ninguém mais.......

mas............apresentaram Ravel............e eu adooooooro Ravel...........


mas o de que eu queria falar mesmo......é de outra ordem..........

porque eu posso ser muuuuuuuuuuuuuito crítica, quando merecem levar umas "sacudidelas"....

mas também sei dar valor ....ao que de valor há........

e, para mim, a Academia (sempre a de Platão) deve se auto-gerir.............em tudo.........afinal, deve mostrar a que veio...........a sua competência........


e não é que a UCS mostrou.....pois preparou um coquetel para comemorar o aniversário da Orquestra..............


quem preparou os comes e bebes?????......a Escola de Gastronomia da própria Universidade........


isso é o que eu chamo Educação..........prova sua competência educacional e põe à prova.....

é por aí!!!!!!!!!!!


Vera Marta Reolon
MTb 16.069

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

O que é HÍBRIDO?????

Pooooooor favoooooor.....!!!!!!!


O que é HÍBRIDO????


Guilherme já tornou tese isso.............

eu já orientei...............

já falamos disso à exaustão..........


e ainda discursam.............horrores.............o  que nada têm de HÌBRIDO??????


híbrido é quando , em uma mistura, jamais, mas JAMAIS.....se identifica uma e outra........


e mais....................o que fica é o melhor de tudo o que se vê..............


misturas.............e mal-feitas.............jamais serão HÍBRIDOS!!!!!!!!!!

Híbrido é ARTE..........mistura.........até deus (o pequeno, claro!)  duvida!!!.


Vera Marta Reolon
MTb 16.069

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

CRÍTICA/MÚSICA: OSPA homenageia Reforma Protestante



Para comemorar os 500 anos da Reforma Protestante, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre abrilhantou o Salão de Atos da UFRGS, no dia comemorativo daquela (31 de outubro) com excelente execução da obra "Sinfonia n 2, Lobgesang, Op 52, de Felix Mendelssohn-Bartholdy.

Com forte carga emotiva e caráter religioso, mas não só, a obra foi executada em conjunto c om três coros (OSPA. Cantabile e ULBRA) e três solistas (duas sopranos e um tenor), o que tornou o espetáculo ainda mais marcante.

A Reforma Protestante, iniciada com Martinho Lutero, e que desencadeou uma série de acontecimentos mundiais foi muito bem homenageada pela OSPA.

Vale lembrar que , em tal espetáculo, a OSPA, através de Mendelssohn, e desta obra,  também homenageou os 400 anos de imprensa mundial, o que muito nos agrada, já que jornalistas somos!.

Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241


domingo, 29 de outubro de 2017

Falta de reconhecimento!!!!!

Então..................

Pensei que se há algo que possa identificar minha cidade natal............

este algo.............é a estátua....obra de arte de Bruno Segalla...INSTINTO PRIMEIRO...........


é uma "giginha"............retratação de Gigia Bandera...........

quem foi???????????

Foi uma funileira..............em épocas remotas uma mulher.........a fazer tarefas que ...pasme-se.......homens realizavam.........

também foi mãe de Abramo Eberle................

que a cidade de Caxias do Sul jamais reverenciou a importância dessa gente............a importância desta empresa no âmbito empresarial.........de produtos.............de visão empresarial para a cidade??????????/


bem, sabe-se que Caxias não é pródiga em cuidar e reverenciar os seus.............

prefere designar e reconhecer mesmo como intelectuais.............ou ineptos............ou gente de fora..............


mas os seus?????????????


pois é......minha família............eu, meu filho............nos roubam...........não se envergonham e seguem fingindo  que nada fazem.................

e olha que ouvi de alunos meus e outros.............que "ela é a melhor professora da UFRGS" (sic)..............mas, cadê o reconhecimento ao vivo????.....de todos????


e Bruno Segalla................suas obras...........seu instituto...............seu "atelier"????????


o Instituto foi assumido pela UCS............mas o espaço ínfimo que lhe destinaram??????????


A empresa que produz as peças reproduzidas????????

vem sofrendo revesses econômicos e de colocação imensos..........


fazem um trabalho primoroso.........tanto que alguns "metidos a espertos"  tiram a marca..........e vendem dizendo que são ...pasme-se......italianos que lhes mandam da Itália;............


enquanto isso.............a cidadezinha??????????

segue em seu "passo de chumbo"............fingindo que não vê..........derrubando prédios............memórias................inclusive dos Eberle.............sem reverenciá-los...........(digo, aos originais, e não aos descendentes................que isso não importa agora!!!)..........sem reconhecê-los........

Até quando??????

Até onde?????



Vera Marta Reolon
MTb 16.069

terça-feira, 24 de outubro de 2017

CRÍTICA/TEATRO: O Fantasma da Ópera Revisitado


Muito boa a apresentação de O Fantasma da Ópera, encenado e produzido pelos acadêmicos de Artes Visuais, Arquitetura, Design, Design de Interiores, Design de Moda e Música da UCS. O espetáculo, apresentado no UCS Teatro, no último domingo, mostrou-se um importante acontecimento, dada a integração dos cursos e o resultado, muito próximo a encenações profissionais,  por vezes  superando muitas delas.
Correções no quesito interpretação  cênica- importante ressaltar que não no quesito musical – poderiam ocorrer, mas cabe lembrar também que a UCS não possui  curso de teatro.   Nesse sentido, o espetáculo mostrou coesão e integridade na execução, com boa interpretação vocal e instrumental. Quanto às canções, foram mantidas suas versões originais, ainda que algumas já tenham versões em português: em se tratando de ópera, poder-se-ia ter optado pela tradução. A opção pelo original também é válida (cabe ressaltar que a produção teve o cuidado de confeccionar “libreto”, o que auxilia o leigo na apreciação da obra). O figurino também deve ser destacado, o qual propôs uma releitura do musical clássico de Andrew Lloyd Webber, atualizando-o para uma versão dark, próxima ao que se convencionou chamar – já não mais dessa forma – de estética emo.  Isso ficou coerente com o roteiro de Fantasma. O mesmo aconteceu com o cenário que, entretanto, poderia ter sido melhor explorado,  com a inclusão de mais elementos cênicos. Uma sugestão para uma próxima montagem é a parceria com acadêmicos do curso de Dança, que se integrariam perfeitamente aos demais, dando mais dinâmica ao espetáculo.
Embora a direção tenha ressaltado que o trabalho fosse amador, O Fantasma da Ópera apresentado teve produção e execução muito superior a de espetáculos profissionais, inclusive apresentados na capital por integrantes de redes de mídia dominante, em festivais como Porto Verão Alegre, Porto Alegre em Cena e Palco Giratório, fortemente criticados por nós, ainda que lotados (exatamente pela divulgação dos grandes veículos de comunicação, cujos atores –encenadores, são funcionários).
A Universidade é um centro de saber interdisciplinar. Só quando acontece assim, não fragmentada, é que atinge seu objetivo. E trabalhos como o avaliado atestam isso.

Guilherme Reolon de Oliveira

MTb 15.241

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Um passeio pelas artes visuais de Caxias


Além da exposição  “Bruno Segalla: Estudos e processos”, referente às obras de Bruno Segalla (veja crítica abaixo), estão acontecendo mais quatro relevantes mostras em Caxias. No Centro Municipal de Cultura Ordovás, abriram nesta semana: “Percursos e percalços”, que homenageia a trajetória de Odilza Michelon, artista sócia do Núcleo de Artes Visuais (NAVI) de Caxias do Sul; e “Sala de Fotografia: 10 anos”, que reúne diversas obras de uma multiplicidade de temas e olhares dos fotógrafos integrantes do grupo Sala de Fotografia.

No Campus 8 da UCS, por sua vez, duas outras exposições valem a pena ser conferidas: a dos alunos do curso de Design de Moda, que recriaram as criações de Galliano para a Maison Dior, evidenciando a arte na moda pela diversidade de formas e texturas (e ressaltando a importância do tecido para a finalização de obras desse tipo”; e a de um  frei (está assim mesmo, sem nomeação, nem curadoria, nada que se possa identificar! - descobrimos por acaso que é de um frade), que reúne também obras de diferentes matizes, materiais, técnicas e temas.
Descobriu-se, enfim (depois de muita procura!) - mostra "Itinerarium Meaum", de Celso Bordignon.

No papel de crítico, não posso deixar de ressaltar que determinadas curadorias poderiam ter sido melhor exploradas: em algumas, esqueceram de expor as fichas técnicas das obras; em outras, um texto conceitual que abre sentidos ao expectador, possibilitando leituras e novas interpretações. Vide texto sobre Curadoria, que já publicamos nestes espaços.

Guilherme Reolon de Oliveira
Mtb 15.241



CRÍTICA/ARTES VISUAIS: O percurso de Bruno Segalla


A exposição “Bruno Segalla: Estudos e processos”, que acontece na sede do Instituto Bruno Segalla, no Campus 8 da Universidade de Caxias do Sul, marca trajetórias: não só do artista, mas do instituto que leva seu nome.

Depois do lançamento do livro “Dossiê de percurso”, que visou divulgar a história do IBS, chegou a vez de Bruno ser homenageado com uma exposição cujo objetivo é expor seu processo criativo por meio das próprias obras.

Interessante observar que esse processo, esse percurso, não se evidencia apenas em esboços e obra final, mas também em obras que figuram ora como esboço, ora como projeto, ora como produto final. Ainda que, contemporaneamente, a historiografia da arte se baseie em esboços e os coloque em pé de igualdade às obras finais (lembremos dos esboços de Da Vinci, p.ex.), em Segalla não se trata disso: alguns esboços não podem ser assim nomeados, já que, em si, não são apenas “testes”, mas mesmo obras finais que, se expostas sozinhas, não podem ser vistas como projetos. Isso se evidencia em obras/estudos do Jesus Terceiro Milênio e do monumento ao padre Eugênio Giordani, bem como na diversidade de materiais e suportes para um mesmo tema.

A exposição é uma oportunidade única para conhecer a arte de Segalla, seus percursos e seus processos. Mas não só: dá visibilidade à vida e obra de um artista que estão intimamente ligados à história de Caxias do Sul.

Guilherme Reolon de Oliveira
Mtb 15.241 

domingo, 8 de outubro de 2017

CRÍTICA/GASTRONOMIA: Mudanças comprometem excelência de restaurante.

Uma crítica gastronômica pode se basear em um evento (um jantar específico, por exemplo) ou em uma comparação de dois eventos, de modo a avaliar se o serviço do restaurante apresenta continuidade ou mudança.
Por muito tempo frequentamos o Granpiacer, localizado no Shopping Iguatemi, em Caxias do Sul. O atendimento sempre foi muito bom, o local acolhedor, a comida, saborosa, impecável. A relação custo-benefício, nesse sentido, sempre fora excelente: o preço condizia com todo o resto. Vez que outra  tivemos que esperar para conseguir mesa que desejássemos, mas isso não se mostrava inconveniente,  visto o que recebíamos. Era restaurante que indicávamos a todos, levando inclusive conhecidos e turistas.
Retornamos ao restaurante esta semana, após anos afastados de Caxias. Havia mesas disponíveis, mas resolvemos esperar para sentarmos em local mais desejado. Conseguimos o feito em tempo inferior ao estimado, o que agradou. O ambiente foi reformado. Sofreu mudanças. Essas, por sua vez, vale destacar, foram negativas. De modo a aumentar o número de mesas, permitiram que o espaço entre elas diminuisse,  mão só dificultando mobilidade interna, como desfavorecendo a privacidade, algo importante quando se trata de um jantar, embora privacidade seja sempre importante!.
O preço, obviamente, aumentou. Mas isso seria compreensível, dado o tempo transcorrido, inflação, etc. No entanto, ao passo que o preço aumentou, a quantidade de alimento oferecido, no lugar de permanecer a mesma, diminuiu – quase pela metade . Ademais, ressalte-se a discrepância: a polenta gratinada estava o mesmo valor do camarão.  O sabor do prato escolhido, cabe lembrar, continua impecável e único.
O serviço, que antes privilegiava a fidelidade de um garçom específico à mesa, ficou comprometido, com a decisão da casa de colocar três ou quatro a atenderem ao mesmo tempo. A direção privilegiou, nesses anos, a tecnologização – com campainha digital para chamar atendimento e carta de vinhos em tablet – em detrimento do aspecto humano, tão importante quando se trata de gastronomia.
Não houve mau atendimento, a comida estava excelente, mas o conjunto, em comparação, decaiu consideravelmente. Uma pena!

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241

A título de esclarecimentos necessários!!!!

Nasci em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. Por muitos anos soube de alguns de meus múltiplos talentos e, com relação a outros, permaneci adormecida sem sabê-los, e sendo roubada (assim  como minha família nuclear- par, mãe, irmãos – além da família que constituí – PASME-SE!!!), até que acordada por anjos ou por mim mesma, passei a espalhá-los falando, discursando , com uso das tecnologias ou não.
Muitos entenderam com isso que poderiam roubar-nos mais ou avançarem sobre nossos talentos de forma acintosa, odiosa e perversa, conforme já havia eu sinalizado sobre a sociedade em minha tese de doutorado, amparada pelo pensamento e escrita de Derridà, entre outros.
Os roubos passaram a ser intercontinentais, com podres de todas as desordens, inclusive fazendo-se de “éticos” (PASME-SE!) e de “politicamente corretos”. Perversão e psicose mudou de nome!.
“Parentelas” que nem sequer sabiam que eu existia, outros (os mesmos e mais) que viravam a cara para meus pais, eu e meus irmãos, desde crianças, passaram a roubar e ajudar podres a se tornarem poderosos (sem poder- só o da paranoia – claro!).
Fui contratada em educação (é o que acredito que pode mudar o mundo – e apenas através dela – mas a educação pela ética – a única verdadeira) não a dos falsos que, roubando, sem ter sequer a educação familiar (obviamente) passaram a entrar nas academias (a de Platão – não a de ginástica -  como débeis entenderam) e se fazerem doutores.
Vimos denunciando, meu filho e eu, desde 2010, à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, quando entramos com processos contra ,inclusive, governos. Processos correm em segredo de justiça, mas de forma lenta, porque há ladrões por todo canto, e sempre há / houve-  governos que tentam calar a justiça e que ela se faça, inclusive colocando seus marginas a invadirem nossa privacidade com armas letais tecnológicas, que mataram inclusive o animalzinho mais lindo já visto na Terra (verdadeiro anjo de Deus – já o diria São Francisco – mas não seus falsos e ladrões seguidores que, inclusive usando crianças- daí colocarmos restrição para entrar nos blog’s - , invadem nossa privacidade e criam projetos para roubar-nos e angariarem votos de uma sociedade que apodrece com eles). Ladrões que, diga-se, e tenho provas documentais disso (por isso juízes não nos chamam face a face e trancaram bens para bisbilhotar, para não terem de julgar com correção), roubam desde que meus pais eram jovens, quiçá desde que nasceram.
Voltamos para nossa cidade natal, por força imposta, e não menos invasiva e realizamos parte de nossos talentos como Críticos de Arte, (que mais poderíamos fazer? – já que ladrões invadindo privacidade dia e noite a cada manhã que acordamos e não morremos com a tortura – com ares de Forças Armadas – inclusive com armas fabricadas lá! – usada  choram e berram de raiva).
Fazendo crítica, alguns querendo nossos elogios, para usar nossos escritos, quiçá até como seus – tão bondosos e sábios! – reclamam até da verdade?.
Mas como esperam evoluir?.  Ouvindo só o que querem a lhes adular.
Será que querem evolução?
Falei/escrevi (meu escrito é minha fala – minha linguagem é única – porque é minha, e de mais ninguém – jamais!!! – nem com roubos e tortura) sobre invasão de águas profundas – acharam de ganhar dinheiro com isso e não como aviso ao cuidado com as águas!.
Escrevi sobre educação – amor – paz – usaram os escritos ( com INVEJA – o pior dos horrores inumanos) para roubar, torturar, matar, criar horror!.
Falamos e na invasão de privacidade, roubaram, que os restaurantes de nossa cidade natal, que apodreceu corruptamente, serviam bem e com fartura. Qual não é nossa surpresa quando, ao voltar a um, por acaso, o mesmo perdeu tudo de que falávamos – infelizmente!.
Se eu acreditasse em demônios diria que o Anti-Cristo está andando pelas ruas, céus (não O Céu!) e mais do Universo terráqueo.
Como professora ouvi de alunos que era a melhor professora da Universidade, os invejosos docentes que se dizem pesquisadores afastaram e mandaram “bolsistas” induzidos a perseguir com contas de telefonias para lhes fornecer dados de roubos (não de pesquisas como aventam dizer!).
Alunos seguem dizendo que não há como esquecer minhas aulas. Pergunto: Até quando a justiça não se dará?

E.T.:

1. E olha que enquanto escrevo e invadem nossa privacidade (para ver inclusive o que escrevo) ainda invejosamente berram e dizem as palavras de ordem da podridão (gravações com instrumentos das Forças Armadas).
2. E olha que ainda pensam usar o método paranóico-crítico de Dali, sem lê-lo – daí não entendem, claro!- são débeis como já sinalizei, porque a paranoia, inclusive segundo Lacan e quem estuda de verdade, é atenta ao poder , jogos de poder, a necessidade de poder que os ostentam e está na PSICOSE, outro tema de uma de minhas teses de doutorado!.
3. O que será que um Procurador da República ficou fazendo com toda sua Força-Tarefa (tenho documentos dele para provar o que digo!) um ano inteiro só no nosso caso em cidade do interior?.!!!
Descobriu e nada fez, ou passou a roubar também?.
4. E os demais – roubam também ou buscam a Justiça? .
5. A JUSTIÇA está para a LEI, assim como a ÈTICA está para a MORAL (também parte de uma de minhas teses). JUSTIÇA e ÈTICA são a busca constante, ou deveriam ser, de todo que se diz, ou quer ser HUMANO?. (o que não exclui para mim qualquer ser que possa ter VIDA!).
6. Se Procuradores Federais e Policiais Federais assumem que há uma “louca”, torturadora, assassina, a nos perseguir, e roubar, porque em um país hipoteticamente democrático e que “segue” leis e Constituição não a prendem e a param?????????.

VERA MARTA REOLON
MTb 16.069 



domingo, 1 de outubro de 2017

CRÍTICA/DANÇA: Bizet na República Riograndense

                                         
                O espetáculo Carmem Gaúcha, produzido e encenado pela Cadica Cia de Dança, na última quarta (27), no Theatro São Pedro, ofereceu ao público multiplicidade e pluralidade artística, na contramão de inúmeras obras que se autodeclaram híbridas, mas que, no máximo, se constituem como misturas de técnicas. O espetáculo em questão, ao contrário, soube fusionar de forma totalmente harmônica, e sem corrompê-los, elementos que quase nunca aparecem juntos e são entendidos, por vezes, como diversos, mesmo antagônicos.
                A cultura gaúcha, mais especificamente a rio-grandense, esteve presente com a cultura espanhola, a flamenca, ambas sem sobreposição de características, valorizando o que têm de singularidade e até remetendo o espectador a origens em comum (lembremos das influências entre as culturas espanhola, platina e gaúcha). Isso se evidenciou não apenas na partitura coreográfica, como também no figurino muito bem elaborado. Aliás, quanto ao quesito da escrita de movimentos, a CIA soube também agregar elementos extras às culturas valorizadas, como os de balé clássico. Toda a forma em plena harmonia enfatizando o conteúdo  proposto: a reflexão sobre liberdade, autonomia e os direitos das mulheres presente na história de Carmem, do compositor Georges Bizet.
                A iluminação, que dava evidência a elementos específicos, em cada ato (foram 18), aliada ao cenário (que trocou em número suficiente de vezes, 3, de modo a fazer marcações de espaço, com a introdução ou supressão de elementos cênicos, como mesas e cadeiras, leques, capas e lenços) só favoreceu os movimentos, alinhados às músicas subjacentes , em boa seleção, que foi do repertório original de Carmem à Semeadura (de Vitor Ramil e José Fogaça), passando por Prenda Minha, Merceditas, Sevillana, dentre outros. Também a tourada esteve presente, dando um “tapa na cara” de todos, inseridos na cultura machista, inclusive e principalmente os gaúchos, que fazem da mulher um touro a ser manipulado, servindo de circo, não bastasse o próprio tratamento degradante em relação aos animais (embora grupos internos do MTG estejam mudando de atitudes – não sei no que tange à Espanha). Ainda que a crítica tenha se evidenciado, a valorização da tradição (ou tradicionalismo?) gaúcha e flamenca se fez protagonista. E assim ficou ótimo! .

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241



domingo, 24 de setembro de 2017

Cidades!!!! - Será???

É interessante observar que, basta ter me afastado temporariamente de minha cidade natal (por, em torno de 10 anos), isso que vínhamos para cá, ao menos uma vez por semana. Mas parece que a Cultura toda "pirou"...

Boate para dançar???

O som é horrível.... só bate /bate.....e som que dê vontade de dançar nada!!!!!
É preciso ter gente com algum discernimento para construir os locais e dar maior acuidade sonora aos ambientes....caso contrário teremos zumbis batendo-se e nada de dança!!!

Vamos ao cinema e, filme POLONÊS, com legenda impossível de ler.....aí não dá, não é mesmo????


Quando se diz e se ouve por aí que nesta região do Estado só para comer.....aí????

Mas e VIDA, hem????

Enquanto isso....derrubam árvores, matam (ou mandam vai saber para onde) pombos....

Se uma árvore está DOENTE precisa ser tratada e não cortada e morta.

Será que não tem nenhum biólogo na cidade capaz disso?????



De Humano......?????..........cadê????............perderam a noção!!!!


VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

O SER É SUBSTITUÍVEL???

                                         


Causa espanto não só a afirmação de um padre, como a atitude de ao menos duas paróquias de nossa cidade, ao derrubarem árvores para construção de estacionamentos e, ainda pior, declararem que aquelas serão substituídas. O espanto se transforma em horror quando uns ainda posam de ambientalistas e se prostram “amigos” em ONG’s,  se autodenominam seguidores dos ensinamentos de São Francisco de Assis, mas dão mais valor a espaços abertos para automóveis em detrimento de seres vivos.
Talvez, quando alguns passaram pelos bancos escolares, a ecologia ainda não era ensinada, mas duvido que seus professores não tenham mencionado que vegetais  constituem um dos reinos dos seres vivos. Nessa lógica, árvores não são objetos inanimados, até descartáveis, substituíveis. Por isso meu espanto: “elas serão substituídas”? Mata-se um pois outro é colocado em seu lugar? Tal pensamento vindo de membro da igreja, mesmo depois da encíclica ambientalista do papa, sem contar o episódio dos pombos: quando não sabemos lidar com o outro, o isolamos e o marginalizamos, quando não o roubamos e mandamos para a margem.
O corte de árvores é prática constante na cidade, não importando o partido do prefeito. A ideologia, nesse caso, parece ser só uma: a árvore atrapalha, corte-a; a árvore está supostamente apodrecida, derrube-a. Não bastasse a política do asfaltamento, quando não da colocação de cimento na via de trânsito. A terra, com isso, não respira e não recebe água. Sofremos com o aquecimento global. E seguimos ligando nossos condicionadores de ar.
Não basta defender direitos humanos e das minorias. Não basta defender ciclovias e energias alternativas. O paradigma de “derrubar para crescer”, no qual nossa cidade se alicerçou desde sua constituição, embora tenha promovido o progresso (?), já foi superado. O patrimônio histórico foi esquecido. É hora de pensarmos em novas formas de convivência, a partir de paradigmas condizentes com a sustentabilidade – não só ambiental, como social e psíquica, tal qual o proposto pelo pensador Félix Guatarri, em As Três Ecologias. Ou, então, caímos nas armadilhas de substituir não só árvores, mas qualquer tipo de vida, mesmo a humana.
                                                                                                                   
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241


terça-feira, 12 de setembro de 2017

Quando o estranho incomoda


Guilherme Reolon de Oliveira
Jornalista, filósofo e sociólogo, mestre em Psicologia Social, doutorando em História, Teoria e Crítica de Arte

            Fui convidado, como crítico de arte, para a abertura da exposição QueermuseuCartografias da diferença na arte brasileira, apresentada no Santander Cultural, em Porto Alegre. A mostra que, segundo seu curador, pretendia dar espaço a obras que não seriam expostas, conjuntamente, em outros museus, daí seu nome Queermuseu, museu-estranho. Pude, como espectador, avaliar a exposição inédita de cerca de 270 obras de mais de 80 artistas com processos criativos diversos e dissonantes, e de variados anos de criação. Uma das obras, por exemplo, de 1925, intitulada “Mulher tomando chimarrão”, chamou minha atenção, por ser um marco contestatório, no meu entender, ao status quo da cultura gaúcha, tão marcada pelo machismo e pelo patriarcalismo, alicerçada no tradicionalismo e, ao mesmo tempo, ignorante da tradição em que o gaucho era o homem da lida e da caça e dependente da mulher, responsável pela terra, pelo plantio.
A mostra, entretanto, foi interditada nesta semana, depois de fortes denúncias, protagonizadas pelo Movimento Brasil Livre, por supostos incentivos à pedofilia, zoofilia e ao vilipêndio de elementos religiosos. Tais incentivos, se configurados como tais, são crimes, previstos na lei.
Contudo, o espaço aqui sendo curto, pretendo apenas levantar algumas questões para reflexão e para o debate, cernes da atividade artística. Uma obra de arte, nesse sentido, por si , pode incentivar algo ou apenas propiciar que potenciais sentimentos venham à tona? Interessante a exposição trazer em sua nomeação o termo Queer, traduzível do inglês por Estranho, hoje associado, inclusive teoricamente, à comunidade LGBT e à diversidade sexual. O Estranho (Unheimliche), entretanto, já salientara Freud, está intimamente relacionado ao Familiar: aquilo que nos causa repulsa, por vezes, está em nós. A noção de estranho também penso associada a de Estrangeiro, aquele que não pertence ao nosso grupo, por nós ignorado ou execrado ou, em outros termos, o Outro, a Alteridade, tão necessários para a constituição da subjetividade e para essa coisa tão humana que é a sociedade. Aliás, nada mais humano que a arte, a dimensão simbólica, que metaforiza e transfigura a realidade, tão cruel e violenta, em sua aspereza diária do noticiário político e policial. Já que simbolizada, a realidade de uma obra de arte não é a própria realidade. Imagem não é a própria coisa. Depende da subjetividade de quem a cria e da subjetividade de quem a olha, que, não necessariamente, resultam num mesmo ponto: diversos olhares resultam em diversas conclusões.
            Questões mais importantes ficaram de fora das discussões acaloradas (e nem me refiro às das redes sociais, das quais me mantenho afastado). Questões como: interditar uma exposição não configura censura (calar a liberdade de expressão) ou mesmo totalitarismo (lembremos até mesmo do EI ao Charlie Hebdo)?.           Quais os limites éticos da atitude artística? A classificação etária se impõe em determinados casos? Há diferença entre atitude artística e arte? Sem mencionar a problemática da ontologia da arte ou da valoração da obra (o que é uma obra de arte?).

Fica o questionamento: afrouxamos nossos valores (éticos e estéticos) ou progredimos/regredimos em seus juízos?

"QUEER" MUSEU!!

O Assunto do DIA!

O fechamento da Mostra Queer Museu, no Santander Museu, em Porto Alegre!!

Pois é.....Nós Fomos na Abertura da Mostra.....que aliás teve um serviço IMPECÁVEL!!!!

A Curadoria da Mostra se esmerou e nada deixou a desejar!

Eu, particularmente, tenho gosto pela Arte Moderna e algumas raras obras de Contemporânea.

Penso que a Arte Contemporânea, assim como quase tudo o que vemos e vivemos em cultura neste nosso mundo contemporâneo deixa a desejar, em roteiro, em musicalidade, em perfeição de movimentos, em cor e vivacidade,..., em ARTE...........mas....sempre há exceções..

A Mostra Queer se propunha a mostrar a DIVERSIDADE. Creio que este objetivo foi atingido.

Vimos lá obras extremamente interessantes, por exemplo, pintura de 1925, com uma mulher a tomar chimarrão e sendo retratada no ato.
Primeiro que, mesmo no Rio Grande do Sul, onde hoje mulheres andam com cuias de chimarrão para cá e para lá....mas, à época, isso era prerrogativa do "fazendeiro". Ser retratada , então?
Achei bárbara!!!!!

Assim como diversas obras que lá estavam....

Óbvio que algumas achei muito " contemporâneas"........outras apelativas.....outras de mau gosto....

Mas como disse ....É o MEU gosto!!!...........e gostos não se discute.....é a minha OPINIÃO!!.....e isso também não se discute.........


AGORA.....fechar o museu, fechar a mostra????

As discussões que ouvimos hoje na imprensa????

Voltamos a um tempo de CENSURA e HIPOCRISIA!!


Explico:

Censura sim.....porque muitos falaram e nem foram ao Museu ver as obras e o seu conjunto, a proposta da curadoria. E, pelo que pude ouvir, não queriam nem atentar ao que o curador tinha a dizer.....nem entendem de ARTE (verbalizaram isso - e poder-se-ia constatar que realmente não entendiam!).


Levar crianças para uma mostra.....qualquer mostra.....de escola ou não.......e eu sou da EDUCAÇÂO.....além de outras "cossitas".............deve "forçar" o professor ou educador a antes ver a mostra para sentir o que trabalhar aí, com crianças, adolescentes, adultos, o que for..........e depois levá-los!!!.............

Penso, quanto a isso, que o Museu poderia ter mantido algumas obras em um espaço reservado, com classificação etária............mas isso não isenta o que está dito no parágrafo anterior.....

Quando o Jornal francês Charlie Hebdo publicou  charges sobre o mundo muçulmano...e todos só ficaram sabendo que tal jornal existia naquele momento, devido a morte do jornalista pelo grupo Estado Islâmico, todos se posicionaram contra os terroristas, porque devemos respeitar a opinião e a liberdade de imprensa de escrever, desenhar, criticar, o que for.

Interessante a Hipocrisia existente já que lá, os jornalistas criticavam abertamente uma religião que não era a sua.............e ninguém falou de que deveríamos respeitar o culto religioso de cada um......

Aqui...........outro peso, outra medida.........


E olha que uma das peças que criticam.........tem mais a ver com Leonardo Da Vinci, e sua figura de homem, em estudo, talvez de sua sexualidade (conforme, inclusive, Freud e seu estudo sobre Leonardo - Obras Completas - Imago - volume XI).

Geeeeeeeente! que é isso?????

Estamos no Século XXI.............ou voltamos à Idade da Pedra Lascada??????


VERA MARTA REOLON
MTb 16.069    

CONCERTO DE CORO!!

Então..........

Há tempos não assistia a espetáculos em minha cidade natal.......nem mesmo participava ativamente da cultura local.

Fomos ver o  "Concerto Brasileiro", apresentação do Coro Municipal em sua apresentação neste ano!!!


Primeiro:  como não estava a participar da cultura local não tinha visto as mudanças na Casa da Cultura.

O que é aquilo de trocar as "grades" do segundo andar por vidros???.

Quem não explicou aos "sábios" que o vidro barra o som???

E como ficam as pessoas da platéia que não conseguem ouvir o que se dá no palco, devido a uma ideia de  " bobo" para "aparecer"???

Segundo: Quando  a imprensa local anuncia um espetáculo que,. cobrado ou gratuito, mas principalmente se gratuito, deve recomendar que retirem as senhas antes, pois a confusão está instalada se entregaram ingressos a este ou aquele, sendo gratuitos todos querem, e depois não comparecem. Os que desejam ver o espetáculo ficam a "ver navios", aguardando a  boa vontade das "sobras". Falha de mídia e divulgação da Secretaria e seus "consortes".

Terceiro e Principal: Por qual razão coro precisa ficar com "gritinhos" de "Quarteto em Si"?...Não é possível , simplesmente, cantar graves e agudos normais nos ritmos, musicalidade e normalidade das canções????

Não acham que todos ficariam mais felizes e satisfeitos???

Afinal  Coro Municipal recebe salário do povo o ano inteiro para essas apresentações, não é mesmo???

VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
  

terça-feira, 23 de maio de 2017

OSPA!

E a OSPA?

Maravilhosa.....

Apresentação irrepreensível.....

Solo e orquestra para MARTINU E BRUCH...

com um "pitaquinho" a mais do solista, do não menos BACH...sempre maravilhoso...

e o final com MENDELSSOHN...........e Sonho de uma Noite de Verão.........inclusive com WEDDING MARCH........vejam só....marcha nupcial...

aí é só "correr prá galera"!!!!!.....

VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

domingo, 21 de maio de 2017

BACH E A HARMONIA!

Passeando pelo Teatro São Pedro nesta semana que passou..........


Uma apresentação irrepreensível do MESTRE DA HARMONIA MUSICAL: Johann Sebastian Bach.

Os músicos, conduzidos por seus maestro (Orquestra de Câmara do Teatro São Pedro) foram particularmente maravilhosos, principalmente na apresentação  do Concerto de Brandenburgo nº 3 em Sol Maior......

realmente um "Sol" a nossos ouvidos...

mostraram porque BACH é considerado o Mestre da harmonização, sem que o superem depois de mais de quatro séculos.

quiçá aprendêssemos com Bach como viver em HARMONIA, pessoal e socialmente.

ESPECIAL!!!!!


VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

CRÍTICA/TEATRO: CAIO FERNANDO ABREU E MÁRIO QUINTANA NO PALCO

Dois dias marcaram o intervalo de aparecimento de Caio Fernando Abreu e Mário Quintana nos palcos de Porto Alegre, em pleno ano de 2017. Isso só foi possível pela destacada atuação de D.F. em Caio do Céu e Sobre Anjos e Grilos , respectivamente, apresentadas nos dias 07 (Teatro Renacença) e 08 (Teatro São Pedro).
            Em Caio do Céu, a atriz esteve acompanhada por F.S. em atuação musical sem  erros.

            Afirmar, contudo, que tais espetáculos foram conduzidos de maneira precisa é tão pouco que os desmerece. Espetáculos na acepção mesma da palavra, Caio do Céu e Sobre Anjos e Grilos fugiram da habitual narrativa que caracteriza a arte cênica, incorrendo talvez em performance. Mas caracterizá-los como performance, em comparação a tudo que se apresenta sob tal nomenclatura, seria quase jogá-los no lixo. Os espetáculos constituíram-se como forma e conteúdo tão indissociáveis que se tornaram realmente obras de arte belas (assim mesmo – redundante!), algo tão raro num contemporâneo marcado pelo afastamento dos princípios norteadores da (est)ética* e desnorteado, ao mesmo tempo de como questioná-los ou superá-los.

            Talvez incorram em performance, pois a excelente atuação de F.(conhecida pelo humor cáustico e hilariante de Pois é, Vizinha..., há vinte anos em cartaz) não deixa dúvidas que os escritores homenageados parecem estar realmente Presentes (e não só representados) no palco. Ambas as peças caracterizaram-se por uma reunião b em articulada de encenações – orações - apresentações de textos de Caio F. e Mário Quintana, gaúchos tão esquecidos, marginalizados e por vezes ignorados por gaúchos. Aliás, esse também é o mérito da Cia de Solos e Bem Acompanhados: dar visibilidade ao pensamento desses escritores, cortantes e  certeiros em seus curtos, porém grandes textos. Nas duas montagens, há um mix de linguagens, bem apropriadas ao universo dos literatos citados: projeções  visuais (aqui não cansativas e despropositais), música, uma espécie de contação de histórias, trechos de entrevistas.

            Nesse sentido, Caio do Céu, cuja montagem é mais recente (e talvez, com isso, a Cia tenha aprendido com os resultados anteriores), tem mais méritos e merece uma avaliação pouco superior, já que soube transpor o mundo de Caio F. com mais fidedignidade, trazendo-o também como imagem (vídeos de entrevistas) e como imaginário (a  música meditativa, os lenços encobridores / descobridores, o vestir-se / desvestir-se, a conversa com um terceiro ator à distância, a astrologia – característica da crença de Caio F.). Essa tal superioridade transparece no uso de elementos cênicos, mais presentes em Caio do Céu e numa escolha de edição textual, que parece mais apurada que Sobre Anjos e Grilos. Deste, porém, nada há que mereça reprovação, muito pelo contrário.

            Os autores foram homenageados à altura de seus marcantes e belos trabalhos.


*est(ética) => assim mesmo com a estética deve ser...SEMPRE ÉTICA!.

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241 

segunda-feira, 17 de abril de 2017

PASSEANDO POR MUSEUS

Quatro exposições mobilizam o MARGS.
Talvez a, não mais importante porque tem melhores obras e/ou projeta mais a arte, mas porque se propõe a ser/abordar a arte contemporânea e seu início (?).
A Fonte: 100 anos de Arte Contemporânea pensa determinar o marco de fundação da arte contemporânea com a apresentação d’A Fonte, de Duchamp.
Melhor contextualizar: em 1917 Duchamp apresenta um trabalho seu (cubista- segundo minha opinião) para ser exposto no Museu. O quadro é negado. Na comissão julgadora está seu irmão. Sua família tinha grande envolvimento com a arte. Duchamp então obtém um urinol, em loja de departamentos especializados no objeto, e sob o pseudônimo R.Mutt, nomeia como A Fonte e apresenta na 1ª Exposição de Artistas Independentes. A crítica especializada entra em alvoroço, como era de se esperar. Ele questiona a arte, o que pode ou não ser  nomeado arte, qual a importância de obras que devem estar em museus, etc...

Muitos urinóis/Fontes depois, em 1960, após um “boom” inicial na Inglaterra, a Arte POP, Andy Warhol e sua POP ART, retomam os questionamentos e imprimem novos conceitos e olhares à arte.

Para mim aqui, verdadeiramente, a arte contemporânea inicia, reciclando a pergunta “duchampiana”. Os trabalhos do acervo do MARGS, atestam isso.

A segunda mostra, A Inquietude do Olhar, de V. Reichert, é um mergulho nas cores e formas do fundo dos mares.

Uma Possível História da Arte do Rio Grande do Sul, nos envolve em trabalho de artistas que fizeram a história deste estado na arte. Belas obras e escritos a reivindicar  um olhar apurado à estética tão esquecida por aqui.

Quanto à exposição METAMORPHOSIS de G.Johnson, creio que deva tentar se reportar a obra de Kafka. E aí o perigo, conforme nos atesta um texto  inédito de Heidegger.

Primeiro, Metamorfose de Kafka aborda uma transformação completa de um ser humano em um animal. Não há mais humano, há animal. Aí chegamos ao grande equívoco da atualidade, quando confundem híbrido com mistura.  Se híbrido, não há mais um e dois, há o três resultante, com novas características  -  mistura é um e dois misturados, nem um, nem dois, nem nada novo. Exemplo: água e azeite não se misturam....são imiscíveis....cada um permanece com suas propriedades (deu prá entender????).

“[..] da cultura grega, estabeleço o conceito de hybris – o que ligo à mistura. Jaeger  indica que a hybris grega estava associada ao ultraje e à desmedida – fundamento das perversões – quando os homens, visando o além-limite, não pensavam humanamente. Inscrita nos terrenos do direito e do religioso a hybris seria a maior ofensa a physys, a natureza : aspirar à elevação exclusiva das divindades. [..] deixar-se seduzir pela hybris rapidamente se transforma na mais profunda dor e corrosão. [..] isto posto é por tal definição que renego a hybris, defendo a híbrida – que correlaciono ao híbrido, também ligada a conexão de saberes, de culturas, a miscigenação (oposto à eugenia). Neste sentido, a híbrida inscreve-se na estrutura neurótica, que aceita a diferença e não busca aniquilá-la.”. OLIVEIRA, Guilherme Reolon de, in ARTE PÓS NON-SENSE – (texto inédito no prelo).


As obras de G. Johnson são isso: misturas de materiais, mas metamorfose, híbrido não.

Arte – o que é ARTE? -  que é ESTÈTICA?

Fico com os gregos (sempre!!!!!!): ESTÉTICA sem ÉTICA não é ESTÉTICA. ARTE deve abarcar ÉTICA.

Godard, citando Lênin, diz que a “ética é a estética do futuro”. Se é “fake news” ou não, pouco se me dá. O que importa é que é absolutamente atual!!!!!


VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

      

segunda-feira, 3 de abril de 2017

CRÍTICA/LIVRO: Instituto Bruno Segalla e um novo tipo de Museu : O Museu Ativo

Sem repetições e sem nostalgia, o Instituto Bruno Segalla apresenta-se como referência em uma nova tipologia de Museus. Hoje, talvez, os museus devessem ser classificados conforme suas características internas e externas, de acordo com a relação que estabelecem com o que os cerca e àqueles que os visitam.

O Instituto Bruno Segalla, nesse sentido, inova à medida que se configura como um Museu Ativo. Tal qual uma Obra Aberta, no sentido exposto por Umberto Eco para conceituar a obra de arte contemporânea, aberta a uma pluralidade de sentidos, um Museu Ativo, na minha concepção (E CRIAÇÃO! – o conceito é meu!) é aquele que dá visibilidade ao passado valorizando a história e tornando as obras, não só universais como atemporais, mas que, ativamente, é contemporâneo (na acepção de Agamben), ou seja, estabelece uma relação com o presente, fazendo-se acontecimento, em movimento. Isso acontece pela união da expografia (a forma como se expõe) das obras de Segalla com ação educativa voltada à formação em estética de crianças.

Chegamos a esta conclusão pela leitura da obra Dossiê de Percurso – Instituto Bruno Segalla, publicada pela Editora Dublinense e recém saída da gráfica.A obra, além de possibilitar o conhecimento de um novo tipo de museu, sem poeira e “cheiro de naftalina”, presta contas àqueles que participam do instituto, bem como dá visibilidade a este em uma cidade que sempre valorizou o trabalho, porém ainda não o trabalho artístico, tal como este merece.

O Dossiê abre possibilidades, fica-se com um gostinho de quero mais. O Próximo caminho, sem dúvida, é uma outra obra, que catalogue os trabalhos de Bruno Segalla, articulando-os à biografia deste artista importante não só em Caxias do Sul,  como no cenário gaúcho e mesmo brasileiro.

Guilherme Reolon de Oliveira

MTb 15.241     

CRÍTICA/DANÇA: Todos Nós Acuados

Não só acuadas aquelas que violentadas domesticamente se sentem sem saída, mas acuados aqueles que as violentam – afinal, por quê o fazem, senão por um sentimento de inferioridade diante daquelas (precisam mostrar poder!)? – e todos nós diante deles, que nada fazemos e até os criticamos da boca para fora.

A violência doméstica foi a poética escolhida pela Anima Companhia de Dança em seu belo (ainda que dramático e provocante) espetáculo Acuados, apresentado na última sexta-feira, na programação SESC Mulher, em comemoração ao mês da Mulher. Perigosa poética, pois facilmente pode levar a uma obra coreográfica panfletária, a violência doméstica se apresenta como tema imprescindível na contemporaneidade. Acuados, neste sentido, produziu um manifesto artístico e politizado, sem resvalar no político, que não caberia ao discurso da arte. Eva Schul e seu grupo de  intérpretes criadores foram certeiros na montagem: atingem  o público, provocando asco diante da situação-problema-questão, sem deixar de produzir um espetáculo belo e cativante, porque bem executado, com excelente técnica e presença e produtor de múltiplos sentidos, bem articulados em movimentos de dança contemporânea.

Iluminação (em foco ou aberta), cenário( móvel, a partir de placas deslocáveis) e música (harmonizada com o tema: óperas dramáticas) contribuíram para o bom andamento de
Acuados.

E.T.: Continuamos a nos espantar com a falta de público em espetáculos de dança. Será INVEJA?

Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241


domingo, 26 de fevereiro de 2017

CRÍTICA: Balanço Geral do Porto Verão Alegre 2017

Um Porto Verão Alegre com muita diversidade na linguagem e na qualidade cênicas. Assim a 18ª edição do Festival poderia ser resumida.

Houve um pouco de tudo. Mas cabe destacar espetáculos muito bons, quase sem falhas, como: O Mal Entendido; Pois É, Vizinha...; Caio do Céu; Homens de Perto Desgovernados; Bailei na Curva e A Comédia dos Erros.

O Mal Entendido e Caio do Céu se destacaram com inovação na linguagem cênica, não resvalando para o “confortável” enquadramento de “contemporâneo”, para qualquer coisa fazer. Foram inovadores de maneiras distintas.
O Mal Entendido por aliar a densidade do texto na formatividade da peça: transformou a densidade discursiva numa atmosfera densa.
Outra montagem tentou fazê-lo, porém sem êxito, trazendo mais desconforto que interrogação: Danke.
Caio do Céu foi inovador, por sua vez, na mescla de linguagens: a construção do roteiro foi muito bem articulada, confirmando o talento da excelente atriz, que no monólogo
Pois É,Vizinha... cativou a platéia.
Aliás, é cativando o público que Bailei na Curva também alcança, com a excepcional qualidade cênica de seus atores, o destaque: nem se percebe que mais de duas horas passaram quando a peça chega ao fim.

Na dança, destaque para Brasileirada, que merece um Açorianos, com certeza!
Uma pena que as outras duas montagens em dança, Abobrinhas Recheadas e SeteOito, não tenham o mesmo merecimento, ainda que Abobrinhas tenha uma excelente coesão grupal e técnica de movimento, mas não podendo ser classificada como de dança (é um teatro, talvez, de música com mímicas). SeteOito, por sua vez, foi uma decepção como teatro e como dança, destacando-se contudo, pelo figurino, muito bem criado.

Neste Porto Verão Alegre, houveram grupos que trocaram de figurino em cena, como em Dez (Quase) Amores e Amor de 4, o que enfraquece a continuidade perceptiva, não bastasse Dez (Quase) Amores afirmar-se baseada no livro homônimo, porém desfigurando-o, e muito.

Um Caso para Terapia destacou-se nos figurinos, mas só: muito a melhorar com a falta de “timing” narrativo e verossimilhança com o que caracteriza uma terapia, o que comprometeu a peça. Nesta, os atores não trocavam de roupa em cena, mas, deslocando-se às coxias, deixavam o palco vazio, uma pena!

Comédia Urbana também teve um pouco de falta de “timing”, uma falha se tratando de uma variação de “stand up”. Porém, depois de Homens de Perto Desgovernados,  com atores mais experientes no fazer rir, Comédia Urbana trouxe “sketcks” e personagens interessantes, que provocaram identificação com o público porto-alegrense. Nessas variações de “stand up”, o do Bagual do Gaudêncio provocou a platéia gaúcha, porém com alta carga de desnecessário “baixo calão”, levado às últimas consequências em Só para Maiores, com excessos pornográficos. Uma pena que confundam “sem vergonha”, neste último espetáculo, com “exagero de linguagem chula”. Seria dispensável incluir trechos de filmes pornográficos no início, adequados mais a motéis. Os atores queriam “ensinar” educação sexual, porém sem saber como fazê-lo, o espetáculo-palestra ficou “baixo”.
Isso também se repetiu em Alcemar e a Mascada Perdida, que mergulhou fundo no ridículo.
Só não foi pior que outro: Quando Vi Minha Vida Não Existia foi decepcionante em todos os sentidos: sem qualquer destaque e qualidade dramática, beirando à “péssima”.

Neste Porto Verão Alegre teve até ilusionismo, com Kronos. Números de mágica simplórios, satirizados por O Homem Bruxa, que não cativou o público.

Destaque especial para dois espetáculos em que homens interpretaram papéis femininos e cujas interpretações foram muito boas, roteiros, figurinos e cenários bem pensados: Hotel Rosashock e O que Terá Acontecido a Baby Jane?.

Peças como Tedy; Um hippie, um Punk, Um Rajnesh; Inimigas Íntimas e 5º Andar, por favor! foram boas, com roteiros bem articulados, atuações ok, porém sem muito destaque. Cabe lembrar, contudo, que sem muitas pretensões, alcançaram o que se espera com um espetáculo teatral, no mínimo, entretenimento.

Barbie Fuck Forever, Os Dois Gêmeos Venezianos, O que os Homens pensam que as Mulheres Pensam, A Mecânica do Amor, A Comédia dos Erros, Beatles em Concerto, Se meu Ponto G Falasse, Manual Prático da Mulher Moderna, Apareceu a Margarida, Frida Khalo, Besteirol e Projeto Secreto: Gaiola das Loucas, vistos em outros momentos, já foram por nós comentados.

Sobre a peça A Partícula de Deus: uma história mal contada, com falhas no roteiro, um problema crescente nos dias de hoje, em todos os meios e mídias.

De Caminhos que Cruzei: a mesma problemática, com o agravante de ser muito tendenciosa (sem julgamentos quanto a isso - mas fica indigesto o sincretismo religioso, quando é dito que está-se utilizando de temáticas de uma religião específica - fica-se com a impressão que não entendem do que pregam!).  

E.T.:
1 - Teatro lotado não é sinônimo de qualidade cênica, técnica. Pode ser apenas resultado de marketing exacerbado e cultura de massa televisiva. Tivemos alguns exemplos críticos neste Festival.

2 - Independente da qualidade das peças, destaca-se que, em tempos de crise financeira brasileira, mas também mundial, festivais como esse merecem todo nosso aplauso, pois são divulgadores de cultura a toda uma população que está de férias e precisa divertir-se minimamente. Pena que acabe antes do término das férias, deixando um vazio na cena cultural da cidade e região!.

Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241

Vera Marta Reolon
MTb 16.069 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Sobre Cultura!

O QUE DE FATO É CULTURA?????


É uma pergunta capciosa.....


No senso comum (e todos pensam que é no " cult")......cultura é o que se adquire nas academias (não de ginástica, mas a de Platão......a Universidade!)..........Ter cultura seria então portar um  saber acadêmico, saber coisas que ninguém sabe.....ter "inteligência" adquirida com leituras, etc....


Mas cultura é muito mais do que isso........

O analfabeto tem cultura....todos têm cultura.......


Cultura pode ser algo que caracteriza uma coletividade........... como a forma de fazer um objeto, para uso, a forma como se prepara uma refeição, como se realiza determinada atividade, arte, o que for....

Cultura também pode designar uma individualidade......o que diferencia aquele ser de outros....dir-se-ia, então, que o sujeito porta uma cultura que é só sua......


Pois digo tudo isso........porque observo que nas artes não temos um diferencial cultural......não o portamos.......


As plateias que vemos em peças teatrais não são as mesmas que vemos em apresentações de dança....

Por quê isso ocorre?????


Porque NÃO TEMOS UM PÚBLICO CULTO............que valoriza a CULTURA......


O que temos, provavelmente, é um público que frequenta esses ambientes por outras razões.......mas não por estar em busca de aculturar-se mais em todos os ramos possíveis e passíveis de VIDA.......


URGE QUE tenhamos mais prazer em ver espetáculos, antes que a arte morra de vez!!!!


VERA MARTA REOLON
MTb 16.069