"EM TEMPOS DE M E N T I R A UNIVERSAL,

DIZER A V E R D A D E É UM ATO REVOLUCIONÁRIO"

George Orwel
"Quando enterrada, a verdade cresce e se sufoca, ganha uma força tão explosiva que quando vem a tona vai explodindo tudo."

Emile Zola

"Numa obra de arte, o crítico busca o teor de verdade (wahrheitsgehalt), o comentador o teor de coisa (sachgehalt). O que determina a relação entre os dois é esta lei fundamental de toda escrita: à medida que o teor de verdade de uma obra adquire mais significação, sua ligação com o teor de coisa se torna menos aparente e mais interior.

[...] então, somente ele [o historiador, o filósofo] pode colocar a questão crítica fundamental: a aparência do teor de verdade se prende ao teor de coisa, ou a vida do teor de coisa se prende ao teor de verdade?

Pois, ao se dissociarem na obra, eles decidem sobre sua imortalidade. Neste sentido a história das obras prepara sua crítica e aumenta assim a distância histórica de seu poder.

Se compararmos a obra à fogueira, o comentador está diante dela como o químico, o crítico como o alquimista. Enquanto para aquele madeira e cinzas são os únicos objetos de sua análise, para este apenas a chama é um enigma, o enigma do vivo.

Assim o crítico se interroga sobre a verdade cuja chama viva continua a arder por cima das pesadas lenhas do passado e da cinza ligeira do vivido. " Walter Benjamim

"NÃO PERCA TEMPO TENTANDO SER

NINGUÉM EXCETO VOCÊ MESMO,

PORQUE AS COISAS QUE TE FAZEM

UM ESTRANHO SÃO AQUELAS

QUE TE DEIXAM PODEROSO"
PLATT

UMA OBRA SÓ SE TORNA OBRA DE ARTE A PARTIR DA CRÍTICA.


CUIDADO!
ARTE inclui:Dança, Música, Teatro, Literatura,Pintura, Escultura,....., e todo trabalho que dedicamos (pelos nossos TALENTOS) e o realizamos com AMOR (sem inveja, nem dor, nem....)!!!!!!
"UMA FOTO É UM SEGREDO SOBRE UM SEGREDO.

QUANTO MAIS ELA DIZ, MENOS VOCÊ SABE."
D.A.



"A VIDA É UM SONHO.

TORNE-O REAL".
M.T.


"INCAPAZ DE PERCEBER A TUA FORMA, TE ENCONTRO EM VOLTA DE MIM.
TUA PRESENÇA ENCHE MEUS OLHOS COM TEU AMOR, AQUECE MEU CORAÇÃO, POIS ESTÁS EM TODO LUGAR"
A que se presta este blog??????????...............a estabelecer notícias, comentar fatos do cotidiano no e do mundo........elaborar alguma crônica de autoria dos blogueiros responsáveis (que, é óbvio, são maiores, responsáveis, éticos, e nada crianças - embora possuir a leveza das crianças "educadas" não seja nada ruim!!!!!).......realizar críticas, como pensamos não existir nas mídias que temos e vemos..........com, cremos, sabedoria e precisão.........com intuito de buscar melhorias em nossas relações com os seres vivos........e com/para o mundo..........se possível!!!!!!................



Críticas por e pela ARTE ( ESTÉTICA COM ÉTICA - como deve ser!!!! - desde a PAIDÉIA - A BILDUNG - .......ATÉ O SEMPRE!!!!!!!)




EDITORIA RESPONSÁVEL:
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA E
VERA MARTA REOLON

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Assemblage e Expertise Internacional transmutam em Arte Espumantes da Chandon

         
         Poucos são os profissionais que compreendem que fazer com técnica e estilo, constituindo uma assinatura, torna arte seu trabalho. Frequentemente, associam um bom trabalho à quantidade - fruto das primeiras teorizações na administração. Resultado do taylorismo e do fordismo, a sociedade dissociou trabalho e arte, ciência e arte. 


      A Chandon é filha da tradição francesa de produção de espumantes e, como tal, valoriza a qualidade em detrimento da quantidade. São apenas "seis" rótulos, todos produzidos no método charmat, desmistificando também a persistente e equivocada ideia que espumante de qualidade é apenas o produzido no método tradicional. Quando se instalou em Garibaldi, em 1973 (está em mais seis países), a vinícola soube captar bem a peculiaridade do clima e do solo da região e não forçou a adaptação de um fazer típico de outra realidade. Compreendeu a singularidade do basalto, a amplitude térmica e aprimorou o saber do charmat


        Constituir uma identidade, fundamentada em sua diferença: esse foi o foco da Maison Möet & Chandon, um dos grandes "braços" do conglomerado empresarial LVMH, que congrega marcas de relógios (como Hublot), moda (Fendi, Bvlgari, Kenzo, Givenchy), perfumaria (como Dior) e bebidas (onde a Chandon se inclui, como a Don Perrignon e a Hennessy). A França é muito sábia nesse sentido e formou seu poder exatamente aí, desde Luis XIV: foi pioneiro em soft power, quando nem se pensava nesses termos.   

       O tour proporcionado na Chandon também é singular. Além de contar com a presença da tecnóloga em enologia Daniela Chisini, receptiva e hospitaleira, cabe o destaque para o domínio técnico desta. Com o auxílio de projeção digital,  a apresentação fica ainda mais completa, já que ela expõe, de maneira didática, os processos químicos (inclusive as fórmulas) que acontecem nos tanques. O turista (ou quem, como nós, que esteve lá a trabalho) não só assiste a exposição, como experiencia a produção, engarrafamento, encaixotamento,.., : no paladar e no aroma (prova de etapa inicial), no  visual (enxerga internamente o tanque). Depois de passar pelo laboratório técnico e pelos tanques, é levado para a fábrica, onde acompanha todos os processos de engarrafamento até a expedição (que só acontece três meses depois das garrafas estarem nas caixas). Por fim, o turista, se agendou a visita, prova de todos os rótulos da Chandon. O melhor: o tour, diferentemente de outras vinícolas, não é cobrado.  

         Aliada à expertise técnica, está a sensibilidade dos enólogos, transmitidas por estes aos mais de cem produtores parceiros. O terroir da Chandon também prima pela qualidade,  concentrando-se em três variedades de uvas: riesling itálico, pinot noir e chardonnay.  O CUIDADO,  conceito empregado por Heidegger  como determinante da propriedade ou não de si mesmo, é fundamental para a Chandon, o que reverbera em assinatura, estilo, identidade marcantes e  singulares. Há método na plantação e na colheita: as videiras estão conduzidas verticalmente (em "espaldeira"), a poda é padronizada, a colheita é manual e seletiva.Imediatamente as uvas são separadas, classificadas conforme variedade, origem, teor de açúcar. E, o mais importante diferencial da Chandon: a técnica e a arte do assemblage, fruto do trabalho conjunto da equipe técnica. 


       O assemblage é a harmonização de vinhos de uma mesma região, porém de diferentes safras e variedades e se assemelha à arte da perfumaria, divergindo de uma simples mistura. É o que identifica a Chandon, já que proporciona permanente qualidade, constância de aroma, aspecto e sabor, diferentemente da maioria das vinícolas afetadas pela inconstância da safra, que resulta em inconstância de vinhos. 


       Isso é pouco para dizer da Chandon. O que vale é conhecer, provar, se encantar com a experiência estética. 



GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241 


Fotos by@GuiReOli         

domingo, 25 de agosto de 2019

CRÍTICA/ÓPERA: Triunfo da Beleza em Orpheu e Eurídice

        Poucas são as óperas encenadas por aqui. Mas essa realidade vai  mudando no Rio Grande do Sul. A OSPA tem sido responsável por tal mudança. Depois do sucesso de A Viúva Alegre, em 2018, chegou aos palcos Orpheu e Eurídice (de C.Gluck), apresentada no último sábado (24), no Theatro São Pedro, em Porto Alegre.

         Considerada a "Ópera da Reforma", já que Gluck (1714-1787) realizou diversas modificações na ação operística, em Orpheu e Eurídice há o uso imaginativo da orquestra (explorando os potenciais dos instrumentos como complementos psicológicos), a nova dimensão do papel do balé, e o uso do coro como se fazia nas tragédias gregas. Nesse sentido, cabe o destaque para as participações especiais do Coro Sinfônico da OSPA e da Cia Municipal de Dança de Porto Alegre. A partitura  coreográfica poderia ser um pouco mais elaborada. No entanto, o palco do TSP não  o comportaria, tendo em vista o cenário muito bem pensado e executado, que contribuiu para a narrativa. Neste quesito, destaque para elementos suspensos, que lembraram prisão e terror quando Orpheu, resgatando Eurídice do Hades, percorre o caminho de volta com a amada sem poder olhá-la (condição imposta por Eros), e esta, diante disso, fica em dúvida sobre o amor daquele, gerando um enclausuramento perante a situação de horror e angústia. Mesmo destaque: para elementos cênicos (piano, outros instrumentos musicais e partituras) que eram manipulados pelos bailarinos e pelo coro - especialmente quando interpretaram as Fúrias e Sombras; para  a iluminação (que alternou sensações de alegria e dor); e para o figurino (lembrando excessos e exageros na dor, e fluidez, leveza e eteridade na alegria). Excelente composição  cênica e cenográfica.

        Ótima performance das solistas, da orquestra, do coro, dos bailarinos, dos músicos (destaque para o cravo, sempre bem tocado, quando em apresentação), especialmente no final do terceiro e último ato, quando Orpheu, Eurídice e Eros em perfeita harmonia e amor, juntamente com grande grupo de pastores, celebram o retorno da amada. Aí há o triunfo da Beleza, encarna da na música (tema central neste mito grego), a grande personagem da ópera. 

       O público vibrou, comprovando que a realidade crua que vivenciamos carece exatamente neste ponto.

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241

TURMA DA MÕNICA, HEBE CAMARGO e muito mais no Festival de Cinema de Gramado


      Deparar-se com um ator famoso pode até acontecer em um Festival de Cinema. No de Gramado não seria diferente. Mas a sensação de encontrar com alguém como Maurício de Souza é diferente. Tietado pelos jornalistas, o criador da Turma da Mônica, foi aclamado por ser  responsável até mesmo pela alfabetização de muitos. Simpático e humilde (sem ser diminuto) respondeu a todas as questões, adiantando projetos (expansão na Ásia - com o Japão já fecharam negócios e logo vem a China), revelando próximas realizações ( como o Parque Temático que será inaugurado no próximo ano em Gramado) e falando de seu dia-a-dia (vai todas as tardes à empresa, acompanhado de Bidu e Maria da Penha, seus dois mascotes, paparicados pela equipe - pensam até de fazer revistinhas de pets -´próximas publicações). Surpresa foi ser apresentado (pelo não menos "famoso" neto de Maurício, filho de Mõnica) ao mundo da Turma da Mônica Toy (no YouTube). Uma graça, extremamente divertidos!.



     Maurício veio a Gramado para muitas atividades: participou do lançamento do filme Turma da Mônica - Laços (na presença de inúmeras crianças que o ovacionaram,  com os atores mirins), inaugurou a pedra fundamental do futuro Parque Temático e recebeu o Kikito Cidade de Gramado, um dos prêmios especiais do Festival. Participou, ainda, da Coletiva de Imprensa no Museu do Festival de Cinema de Gramado, parada obrigatória aos amantes da Sétima Arte (que serviu aos jornalistas e convidados presentes  na coletiva um coquetel de fazer inveja a muitos, com tudo o que Gramado tem de bom em alimentação e cordialidade). Importante dimensionar a singularidade de Laços, um filme não só para crianças, que alia humor, aventura, suspense e romance, em perfeito equilíbrio e sem excessos, trazendo uma importante mensagem  de amizade, companheirismo, altruísmo e valorização das diferenças.



           No mesmo dia, o destaque foi também para a estréia do filme Hebe - A Estrela do Brasil, que lançou luz sobre a biografia da apresentadora de TV Hebe Camargo, papel protagonizado por Andréa Beltrão, em excelente performance. Filme que inclusive emocionou alguns espectadores.

       Destaque maior, talvez, seja para o próprio Festival, sua impecável organização e extensa programação, tendo em vista, até, que oferece inúmeras exibições gratuitas de filmes inéditos.

         A cidade , mais do que tudo, respira nestes dias  cultura, algo que tanto almejamos e que estamos tão em falta de incentivo!!!.

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241

VERA MARTA REOLON
MTb 16.069


Fotos by@GuiReOli

CRÍTICA/HOTELARIA: Bangalôs da Serra é referência em sustentabilidade





     



           Bangalô. Da palavra, conhecemos mais seu significado como "habitação indiana, térrea, rodeada de varandas". Mas há outro: "pequena casa de campo ou praia". É nesse sentido que o Hotel Bangalôs da Serra (de Gramado) se insere, já que são 48 bangalôs, nomeados conforme suas características específicas e a partir de nomes de vegetais.





          O foco do Bangalõs da Serra é a sustentabilidade. E realmente surpreende todos que lá se hospedam com a quantidade de serviços e atenções neste sentido. A "pegada" ecológica em muitas práticas do hotel: produção de energia eólica e solar; armazenamento de água de chuva ( para lavar calçadas, tapetes e regar plantas); sabonete, xampu e condicionador, três em um e biodegradáveis. Outras ações são ainda mais surpreendentes: cobertores são feitos de garrafas pet (e muito leves e quentinhos) e tapetes de resíduos da indústria automobilística. Todo o lixo orgânico é compostado, usado como adubo na horta, roça e pomar do hotel.



           Já havíamos estado no hotel, mas há muito, quando tinha outro nome, outra administração e muito menos acomodações - à época,  chamadas de cabanas. Muitas foram construídas desde lá, melhoradas, adaptadas para a sustentabilidade. O clima ecológico, a harmonia do hóspede com a natureza, que já era presente, só aumentou: nada melhor que estar em contacto com  árvores nativas, lago com animais silvestres e um vale esplendoroso,  cuja paisagem, de tão sublime, é artística.





            Outra melhoria importante realizada pelos novos proprietários foi o serviço de restaurante, que não existia quando Pousada do Vale. Vale lembrar que o hotel não fica na área central da cidade e que, por isso, é uma boa escolha para quem deseja se isolar do burburinho de Gramado. Para tanto,. é preciso serviço de alimentação no hotel. Provamos de uma refeição singular, ótima pedida, saborosa e muito quentinha (o que é essencial para uma refeição!). Preços poderiam ser mais convidativos, até porque a oferta na área central da cidade é imensa e, às vezes, o que o turista quer, quando se hospeda em um hotel como o Bangalôs, é descansar e não ter de correr em busca da pesquisa de valores para se alimentar.












            Ainda no quesito alimentação, o destaque maior é para o café da manhã, incluso na tarifa do hotel e totalmente produzido ali: são pães, bolos, doces e salgados, sucos, frutas, iogurtes, grãos diversos. Tudo de excelente qualidade,com sabor inigualável, tudo novinho e com aparência que dá "água na boca". Um dos grandes diferenciais do hotel, junto com  sustentabilidade.






            Um lugar com cara de casa, aconchegante e tranquilo, que é tudo que um turista, às vezes, quer!


               E para completar é "pet frendly"!!!.


GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241

VERA MARTA REOLON
MTb 16.069


Fotos by@GuiReOli
 

FRONTEIRAS DO PENSAMENTO: Denis Mukwege

" SE EXISTE UMA GUERRA A SER TRAVADA, É A GUERRA CONTRA A INDIFERENÇA QUE CORRÓI AS NOSSAS SOCIEDADES".

     Com esta frase aí em cima os divulgadores do Fronteiras do Pensamento apresentaram o médico ginecologista  congolês, no último dia 19 de agosto, no Salão de Atos da UFRGS.

    O médico foi um dos palestrantes convidados do Fronteiras que, neste ano, aborda o tema Sentidos da Vida.

    Que sentido há em uma vida desperdiçada em uma sociedade que mata para "minerar" um minério específico para fabricação de smartphones?. 

    Mas, pior (se é que pode haver pior em casos semelhantes), estupram e mutilam mulheres. Elas são tratadas como objetos absolutamente descartáveis em uma sociedade ávida por "evolução" tecnológica. De que evolução se pode falar aqui??.

   Denis foi  condecorado com o Prêmio Nobel da Paz  em 2018, pelo seu trabalho na República Democrática do Congo. Realiza ainda hoje 18 cirurgias/dia em mulheres violadas pela guerra, no Congo. Por incrível que possa parecer, não é guerra tribal, nem territorial, nem mesmo religiosa, mas uma guerra pela exploração de minério para fabricação de smartphones (não deveriam nem ser fabricados, nem mesmo consumidos, sob  tais situações e condições!) . Os smatphones, nas terras de cá, são o símbolo da evolução tecnológica, do que todos chamam de abertura para a globalização, para o sem fronteiras, mas, lá, no Congo, trazem a destruição e a involução mais brutal, o retorno  ao primitivo, ao mais arcaico do "homem" que, em 2019, já deveria ter sido banido da terra. 

    Que sentido há numa vida desperdiçada desta forma, apenas para obter recursos financeiros, que nem devem ser de grande monta,  já que os que ganham mesmo nisso escondem-se atrás das paredes (e, não raramente, sabem bem como os congoleses agem!).

    Nesta "guerra", então comercial, os "interessados" no dinheiro violam mulheres e crianças, lhes roubam a vida, a privacidade, o corpo, as mutilam.

    Denis trabalha em um hospital, com a segurança da ONU (já foi ameaçado e sua família) a protegê-lo e a esposa (as filhas moram fora do país, por segurança), protegendo e atendendo (com sua equipe) mulheres em sua saúde física e psicológica, prestando assistência econômica e social, buscando resiliência (sem medo) e, assim, evitando-lhes o suicídio (que geralmente acontece nestes casos).

     Denis, desde 2013, mora no hospital em que trabalha no Congo. Diz ele: "A violência sexual é uma questão que abarca toda a humanidade" (sic).  Concordo totalmente com ele, pois a sexualidade de cada um é uma questão absoluta e completamente da ordem do privado. Nossas sociedades têm insistido em  confundir público e privado e isso tem-nos levado aos maiores casos de barbárie já vivenciados. Nem nos tempos realmente bárbaros não acontecia tantos absurdos como os que temos vivido. E o pior, temos vivenciado as maiores "máscaras" sociais assim disfarçadas de "politicamente correto". 

     Vivências privadas são o que há de mais importante para um ser. O que dizer de anti-seres que as violam? Violar por dinheiro, poder, ainda pior!!!!

    No momento em que #MeToo tem visibilidade, porque essas mulheres são violadas nesta quantidade exacerbada e violadas em função de ganhos com mineração, para celulares. Por quê não têm tanta divulgação de tais acontecimentos no mundo? Por quê será????

    Por quê o médico que as atende é perseguido? Por quê precisa de proteção para realizar seu trabalho humanitário? O que falta de humanidade???

    Diz Denis que a população mundial deveria exigir a divulgação de relatório da ONU, para  criminalizar os responsáveis!!!!!!

     Denis relaciona mulheres com cuidado aos filhos, alento e esperança. Diz que tais seres devem ser protegidos para que a humanidade possa crer em futuro, em dias de amanhã.

    Crimes de guerra, crimes de ódio NÃO PRESCREVEM. TORTURA NÃO PRESCREVE. Tais  crimes se dão contra a humanidade e, como tais, devem e precisam de responsabilização, de criminalização. De Justiça e Reparação, sob pena de perdermos o pouco que nos resta, que nos identifica. Não há paz durável sem  JUSTIÇA!.

     Não se sacrifica a Justiça por nada, nem mesmo por fragmentos de Paz, paz mascarada!!!

    SER  MULHER É SER RESPEITADA COMO TAL!. Devemos valorizar as mulheres contra o patriarcado e pela igualdade de gêneros!. Assim podemos ainda pensar em uma verdadeira sociedade, onde o respeito e a dignidade estão acima de tudo, onde a justiça ainda pode ser considerada como um bem maior e a ética um bem precioso e cultivado.

VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

CRÍTICA/MUSICAL:Ousadia e Presença em The Book of Broadway

         É evidente o destaque de The Book of Broadway, musical apresentado no último domingo (18), no Teatro Murialdo, em Caxias: a ousadia, não só do elenco, mas da produção, em armar um pout pourri dos diferentes musicais que marcaram a Broadway. Foram apresentados trechos de Rei Leão, Mary Poppins, O Fantasma da Ópera, A Bela e a Fera,..., mas o que surpreende é a presença de Gustavo Essbich, o showman a frente do espetáculo, sempre em cena, sempre com a mesma adrenalina, óbvio que um pouco nervoso, o que afetou, especialmente nas primeiras músicas, sua performance vocal. Carisma e leveza de movimentos nos números de dança, no entanto, supriram quaisquer equívocos.

       No que se refere ao canto, maior excelência foi do Quinteto Macedo, que segurou o espetáculo nos pequenos deslizes dos demais intérpretes. No que se refere à dança, todavia, Essbich se destaca mais que o grupo da Escola de Dança Carla Barcelos - é mais desenvolto, menos mecânico, embora, o destaque de algumas bailarinas em detrimento de outras. Óbvio que o espetáculo não aconteceria sem o corpo de baile. 

      Realce também para o figurino, sem excessos. Quanto ao cenário, porém, faltou pouco mais de atenção, já que incipiente, se pensarmos na iluminação  como fonte de supressão daquele. Esta, no entanto, em alguns momentos, pareceu excessiva, ou pouco harmônica ao contexto do número apresentado.

      Por fim, cabe lembrar mais uma vez da ousadia e da presença: produzir um musical não é fácil, ainda mais em uma realidade,  como a caxiense, que não só não valoriza arte, como a vê como supérflua e desnecessária. Segurar um espetáculo desse tipo,  em dois atos, não se pode negar: é para poucos! E poucos são os que se atrevem a isso!.

GUILHERME REOLON  DE OLIVEIRA
MTb 15. 241   

sábado, 10 de agosto de 2019

USINA SOLAR FLUTUANTE!!!!!...UAU!!!!!!!!!!!!!!!

Enquanto o Brasil segue em sua luta para acabar com a ÁGUA do planeta...........invadindo águas profundas.............e alguns metidos a espertinhos...........ganham com isso.............montando empresas de fachada...........para seguir roubando...............


A FRANÇA...........um país europeu..............onde a neve no inverno acontece.........corriqueiramente.............as baixas temperaturas....e tal............ criou uma USINA SOLAR FLUTUANTE...................para obter os recursos renováveis e ambientalmente limpos da Energia Solar..........


O BRASIL........um país banhado pelo SOL............não investe na ENERGIA RENOVÁVEL ......SOLAR....................


O quê há?????

O sub-desenvolvimento (travestido de "em desenvolvimento") atinge até os neurônios??????

Não devemos ter engenheiros.....nem tecnólogos capazes de pensar!!!!!!


VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

O QUÊ É UMA UNIVERSIDADE??????

O QUE É UMA UNIVERSIDADE????

O QUE É A ACADEMIA????


Aqui Academia não é, obviamente, academias de ginástica....

Aliás....isso já é uma razão para escrever sobre o que pretendo aqui....

A Academia de que falo aqui é a Academia criada por Platão antes de Cristo...


O que pretendia o mestre quando falava e  criava a academia?

Pensava ele em criar espaço para discutir temas importantes a "res" pública....daí o título de uma de suas obras A República...não é de forma de governo, mas do que é importante na vida pública..


Com o tempo a ideia da Academia se "travestiu" em outras nomenclaturas: faculdade, faculdades isoladas, universidade.

Uma Faculdade seria um meio acadêmico em que formam-se graduandos em um curso, estudam uma área ...não há a "obrigação" de fazer pesquisa.

Uma Universidade seria um lugar, conjunto de faculdades, institutos,.., onde os PROFESSORES TÊM a obrigatoriedade de desenvolver pesquisa.

Que se quer dizer com isso - PESQUISA???

As Universidades realizavam suas aulas, contratavam professores para preparar pessoas ao mercado de trabalho, graduando-os (COLAR GRAU - apor o Barrete em suas cabeças como forma de mostrar à sociedade, em uma cerimônia de gala acadêmica, que eles estão aptos a cumprir o requisito mínimo ao desenrolar das funções a que estudaram por determinado tempo) e os professores que ministravam as aulas deveriam ser pessoas aptas a desenvolver tal magistério.....deveriam se atualizar em suas áreas para que os conhecimentos repassados não ficassem defasados!!!!!!!

PERCEBE????????


A tal PESQUISA deveria ser um processo de atualização.......ATUALIZAÇÃO......daquele ser que, estando em um ambiente acadêmico, preparando profissionais para a sociedade (inclusive professores para o ensino fundamental e médio, além da pré-escola - para o tal ENSINO BÁSICO!!!!!), ministraria o que de MAGISTRAL é sua FUNÇÃO......EDUCAÇÃO!!!!!!........se atualiza na área...


O quê tem se mostrado nas ACADEMIAS, que há muito perderam a ÈTICA preconizada por Platão?????

Têm jogado os professores, mote da EDUCAÇÃO na Universidade.....a fazer pesquisa tenológica, empreendedorismo e outras nomenclaturas.....socialmente aceitas e distorcidas do PAPEL DA ACADEMIA!!!!

Os professores não mais professam....preparam os alunos para a sociedade....não mais estudam para se atualizar.............agora só pensam em criar patentes...........GANHAR DINHEIRO!!!...


e a tal função EDUCATIVA??????


sei lá........ficou perdida no tempo.............porque nem a exigência em concursos públicos para admitir PROFESSORES..........não é observada a DIDÁTICA.............mas os projetos que o sujeito quer desenvolver na academia............um inconsenso..........um sem-sentido absoluto..........

Quando políticos, EM CAMPANHA, apregoam a altos pulmões que vão privilegiar a Educação Básica...........Platão se remexe na cadeira..............porque privilegiar a Educação Superior é preparar os professores para a Educação Básica...........


Será que nenhum deles jamais saiu de seus cursos de Direito, Economia e afins...........e observou que as Academias preparam professores através dos cursos de Licenciatura??????  .....

Nunca se interessaram em saber qual a função do licenciandos????

Nenhum assessor com altos salários parlamentares...........do dinheiro do povo, pagador de impostos (até o que não trabalha, paga impostos nos alimentos que come!!!) ....jamais se interessou em explicar a seus "chefetes" o que a Academia faz, deve fazer????


E...por quê os parlamentares jamais se preocuparam em saber?????


Perguntas que me faço diariamente e a partir de notícias idiotas de idiotas que dizem nos representar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Até quando??????????????

A quem serve não saber nada disso?????


VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

CRÍTICA/TEATRO: Audácia em executar musical é ponto alto do Animato

         Do cinema para o teatro, de Hollywood aos palcos de Caxias. O espetáculo "A Família Adams - O Musical", apresentado sábado (03), no Teatro Pedro Parenti, parece até mesmo ter dado continuidade aos filmes que podem ser considerados já clássicos dos anos 1990.

       O Grupo Animato, responsável pelo espetáculo, foi audacioso e transformou em musical a família emblemática. No que tange à performance dos atores, destaca-se o desempenho nas coreografias, bem elaboradas e bem executadas. Quanto à atuação, o destaque é para a expressividade. Melhorias, obviamente, podem ser realizadas, especificamente na preparação vocal. Há potencial, parece que pouco mais de segurança resolveria algumas questões.

          Destaque também  para o roteiro do espetáculo, especialmente numa época  carente de roteiros bem estruturados, com narrativa - observa-se, hoje, mais performance e menos teatro. Ainda mais por constituir-se musical, raro por aqui (e por todo lugar). Cenário simples, mas eficaz em seu objetivo: marcar signos que remetem narrativa. Iluminação bem executada. Para dar mais fluidez, a direção poderia pensar em alternativas no entre-cenas, que ficaram sempre no escuro.  

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241

CRÍTICA/DANÇA: Foco no Sapateado

        Pouco, quase nada, se vê de sapateado por estas bandas. Surpreendente assistir ao espetáculo "Tímpano", na última sexta (02), no Teatro Renascença, em Porto Alegre, apresentado pela Cia de Dança Karin Ruschel. Surpreende não só por ser um  espetáculo de sapateado - o que é raro - mas pela excelência de performance das bailarinas. Também, e cabe ressaltar, por apresentar sentido numa época em que só a presença acontece, e que potencial de sentido é confundido com sem sentido.

       O mote foi o "trajeto das ondas sonoras no nosso ouvido". E a direção foi muito inteligente no uso da luz e do som - música aliada à percussão produzida pelo próprio  sapateado. Destaque para a coreografia, especialmente nos momentos em que três ou quatro bailarinas estavam reunidas numa interconexão entre o sapateado, dança urbana e balé moderno.


GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241