"EM TEMPOS DE M E N T I R A UNIVERSAL,

DIZER A V E R D A D E É UM ATO REVOLUCIONÁRIO"

George Orwel
"Quando enterrada, a verdade cresce e se sufoca, ganha uma força tão explosiva que quando vem a tona vai explodindo tudo."

Emile Zola

"Numa obra de arte, o crítico busca o teor de verdade (wahrheitsgehalt), o comentador o teor de coisa (sachgehalt). O que determina a relação entre os dois é esta lei fundamental de toda escrita: à medida que o teor de verdade de uma obra adquire mais significação, sua ligação com o teor de coisa se torna menos aparente e mais interior.

[...] então, somente ele [o historiador, o filósofo] pode colocar a questão crítica fundamental: a aparência do teor de verdade se prende ao teor de coisa, ou a vida do teor de coisa se prende ao teor de verdade?

Pois, ao se dissociarem na obra, eles decidem sobre sua imortalidade. Neste sentido a história das obras prepara sua crítica e aumenta assim a distância histórica de seu poder.

Se compararmos a obra à fogueira, o comentador está diante dela como o químico, o crítico como o alquimista. Enquanto para aquele madeira e cinzas são os únicos objetos de sua análise, para este apenas a chama é um enigma, o enigma do vivo.

Assim o crítico se interroga sobre a verdade cuja chama viva continua a arder por cima das pesadas lenhas do passado e da cinza ligeira do vivido. " Walter Benjamim

"NÃO PERCA TEMPO TENTANDO SER

NINGUÉM EXCETO VOCÊ MESMO,

PORQUE AS COISAS QUE TE FAZEM

UM ESTRANHO SÃO AQUELAS

QUE TE DEIXAM PODEROSO"
PLATT

UMA OBRA SÓ SE TORNA OBRA DE ARTE A PARTIR DA CRÍTICA.


CUIDADO!
ARTE inclui:Dança, Música, Teatro, Literatura,Pintura, Escultura,....., e todo trabalho que dedicamos (pelos nossos TALENTOS) e o realizamos com AMOR (sem inveja, nem dor, nem....)!!!!!!
"UMA FOTO É UM SEGREDO SOBRE UM SEGREDO.

QUANTO MAIS ELA DIZ, MENOS VOCÊ SABE."
D.A.



"A VIDA É UM SONHO.

TORNE-O REAL".
M.T.


"INCAPAZ DE PERCEBER A TUA FORMA, TE ENCONTRO EM VOLTA DE MIM.
TUA PRESENÇA ENCHE MEUS OLHOS COM TEU AMOR, AQUECE MEU CORAÇÃO, POIS ESTÁS EM TODO LUGAR"
A que se presta este blog??????????...............a estabelecer notícias, comentar fatos do cotidiano no e do mundo........elaborar alguma crônica de autoria dos blogueiros responsáveis (que, é óbvio, são maiores, responsáveis, éticos, e nada crianças - embora possuir a leveza das crianças "educadas" não seja nada ruim!!!!!).......realizar críticas, como pensamos não existir nas mídias que temos e vemos..........com, cremos, sabedoria e precisão.........com intuito de buscar melhorias em nossas relações com os seres vivos........e com/para o mundo..........se possível!!!!!!................



Críticas por e pela ARTE ( ESTÉTICA COM ÉTICA - como deve ser!!!! - desde a PAIDÉIA - A BILDUNG - .......ATÉ O SEMPRE!!!!!!!)




EDITORIA RESPONSÁVEL:
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA E
VERA MARTA REOLON

sábado, 31 de dezembro de 2016

Meio Ambiente.............ECOLOGIA "fake"!

Nosso mundo está bem complicadinho.............

Até cuidam do ambiente..............naquelas............para ...inclusive.,......parecer politicamente correto..........ergh.................!!!!!!!!!...............

então.............até têm evitado derrubar árvores.........dá multa............tem de plantar outra.........


agora me diz............se alguém morre............um ser vivo outro..........podemos substituir o tal.....por outro????????????


em quê mundo?????????????........


mas............o que importa mais...............


COMO É QUE NINGUÉM..............N I N G U É M ................VÊ.......QUE ESTÃO TIRANDO AS CASCAS DAS ÁRVORES.............provavelmente para fazer enfeitinhos cá e lá.............e ganhar algum............................


que horror!!!!!!!!!!!!!.........

e.....ainda.......quando fazem calçadas............de preferência deve-se deixar espaço para que a árvore espalhe suas raizes..................ou possa fazê-lo............ou não???????????????



VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

domingo, 25 de dezembro de 2016

SOBRE NATAL!!!!!!

FICAMOS NOS PERGUNTANDO:

COM TANTAS COMPANHIAS DE DANÇA.............AS FESTAS........


E TANTA GENTE PRECISANDO DE "ESPIRITO DE NATAL".........


POR QUÊ NINGUÉM ENCENA O QUEBRA-NOZES DE TCHAIKOVSKY.........O ORIGINAL.........SEM IMITAÇÕES............NEM ADAPTAÇÕES??????


Vera Marta Reolon
MTb 16.069

Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

CRÍTICA: Quando a aparência pode ser fútil ou substancial

Três eventos que aconteceram na última semana podem ser avaliados de maneira integrada se os pensarmos como “acontecimentos do corpo”, ou, ainda, a partir de suas temáticas, que remetem à aparência – ou o que se entende por ela.

No sábado (05), apresentaram-se, na Sala Álvaro Moreyra, cinco bailarinos – e um músico – na montagem “Barbie Fuck Forever”, com forte apelo crítico à questão das cirurgias plásticas, da superficialidade das relações, das máscaras, da futilidade do mundo das celebridades instantâneas, dos espelhos quebrados, dos corpos produzidos. Ainda que a poética tenha sua relevância – cada vez mais – e permite inúmeras e importantes aberturas para o pensar, o grupo deixou muito a desejar: muitas lacunas, pouca dança (alguns movimentos soltos, aqui e ali) e uma apresentação reduzida à “performance”, com apelo, porém caída na vala que pretendia criticar: a superficialidade.

Num caminho inverso – aliás, ansiando pouco e atingindo além – a exposição “Caderno de Roupas, Memórias e Croquis”, de Ronaldo Fraga, leva à Casa de Cultura Mário Quintana, até 11 de dezembro, o universo do estilista, em todas as suas nuances, possibilitando o entendimento que moda é arte. E mais: que a aparência, quando substancial e aliada a um estilo, se mostra essência – e as barreiras entre forma e conteúdo se rompem. Uma linha do tempo, com os croquis de suas 42 coleções em ordem cronológica, associada a roupas em exposição, com um gostinho do que Fraga criou desde 1996, vitrines, malas com objetos pessoais do estilista, projeções de vídeos, painel de fotos e páginas dos cadernos de croquis estão presentes e expondo um pouco – mas muito – do artista que sempre investigou o Brasil em suas obras.

O terceiro evento, reunião de duas coreografias da Malma Companhia de Dança, acontecido no último dia 09, no Theatro São Pedro, mostrou como ainda – ainda bem! – a dança pode ser associar à música, para enriquecer-se como arte. Por meio dos espetáculos “Incertas Razões” (com musica de José Miguel Wisnik) e “Muito prazer... Piaf” (com músicas de Edith Piaf), a Companhia resgatou o que vem se perdendo há algum tempo nas apresentações de dança: esquecem-se que a dança é materialização corporal (ou seja, espacialização) do ritmo e do compasso da música temporalizados. Dança, quando grafia de som em movimento, se torna mais dança, acontece de maneira mais efetiva. Embora as coreografias tenham utilizado técnicas de balé moderno (a primeira) e dança contemporânea e dança-teatro (a segunda), muitos movimentos se repetiram, comprometendo o sentido que a presença impunha. Cabe destacar, no entanto, a escolha do figurino, do cenário (clean, mas no ponto) e da iluminação (bem adequadas às poéticas implícitas), coisa que muitas apresentações de dança também tem ignorado.  

Guilherme Reolon de Oliveira

Mtb 15.241

domingo, 6 de novembro de 2016

Sobre...música!!!!

Parece que nasci no dia da MÚSICA.........

Com grande respeito a todas as artes...........inclusive a minha..........

considero a MÚSICA............como diziam os gregos...........(dizem que pareço grega..........devo ser.......além de outras raças que me habitam!)..............a MÚSICA É A ARTE DAS MUSAS.............


e como tal...............que respeito lhe devemos...........todos.............

então...

dois momentos da música............com sons de orquestra...........

Não é que a OSPA resolveu se lançar a interpretar SERGEI  RACHMANINOFF??............que beleza............a dificuldade do compositor não afastou pianista e músicos...........e ........deu!!!!


outro.......a Orquestra de Câmara do Teatro São Pedro resolveu levar as composições de Vitor Ramil.........para acompanhar o próprio.........ficou........AQUILO!!!!!!


poeta..............quem duvida????

composições..............agora bem melhores.........com as milongas..........e o olhar sobre todo o pampa........

juntando o sul da América do Sul...........


mas........enfim............MÚSICA.........letra...........poesia..........leveza........e, às vezes não..........palavras.............aí sim..........algum dos "meus"  talentos.........(que, óbvio,......jamais seriam dáveis, roubáveis............sob qualquer prisma, método!.....nem imitáveis.........LÓGICO.....como toda boa lógica deve ser!!!).............


Vera Marta Reolon
MTb 16.069

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

CRÍTICA/DANÇA: Saudade de mim e Romeu & Julieta: dois convites à arte da dança

Em poucos dias, dois presentes à cidade de Porto Alegre, em forma (e conteúdo) de dança: “Saudade de mim”, da Neoral Garcias Produções Artísticas, e “Romeu e Julieta”, do Balé Teatro Guaíra (Paraná). Coreografias, gêneros e inspirações diferentes, com produções singulares e aquela sensação de “quero mais”. Presentes foram ambas as apresentações porque, com tal entusiasmo, tão pouco se vê por aqui.

O primeiro espetáculo, “Saudade de mim”, apresentado no Teatro Renascença, durante o 23º Porto Alegre em Cena, teve como poética as músicas de Chico Buarque (presentes na totalidade da trilha sonora) e as pinturas de Cândido Portinari (no cenário, construído com galhos secos suspensos, lembrando claramente os retirantes nordestinos e a seca daquela região do país). Ambos artistas figurando nas coreografias e movimentos (de dança contemporânea) que traduziam em literalidade ou metaforização as letras de Chico (com destaque para a primeira canção e seu “morreu na contramão atrapalhando o tráfego... o sábado”, e para as clássicas que culminaram em um medley final) e a questão dos retirantes migrantes e suas relações e sentimentos.

Os destaques citados o foram efetivamente pela presença e pelo sentido impressos na precisão de movimentos sincrônicos do grupo, na expressividade corporal e de rosto, e no figurino (neste espetáculo, muito fluidos e leves, quase etéreos).

Características que também destacaram o segundo espetáculo, “Romeu e Julieta”, apresentado no Theatro São Pedro (não o poderia ser feito em outra casa), cuja poética foi a obra homônima do dramaturgo William Shakespeare e música de Sergei Prokofiev. Com um trabalho de edição da obra, reduzida às cenas mais específicas do casal de famílias inimigas, o espetáculo de balé moderno deu vivacidade à história de amor mais conhecida da literatura. “Romeu e Julieta” também se destacou em praticamente todos os quesitos. O cenário móvel possibilitou a mudança de contornos do desenrolar da narrativa: o baile, o casamento, a consumação do compromisso, o sofrimento da morte. O figurino, embora com tecidos mais pesados e duros, foi rico em detalhes, com texturas e cromatismos muito significativos.

“Saudade de mim” e “Romeu e Julieta”, sem dúvida, foram espetaculares, embora sempre possam melhorar em determinados pontos.

Guilherme Reolon de Oliveira

Mtb 15.241

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

SIMPÓSIO DE ESTÉTICA E FILOSOFIA DA MÚSICA: MÚSICA, FILOSOFIA E BILDUNG

Bem......falamos de SIMPÒSIO.......


Então deveria ser um encontro de diferenças para discutir e congraçar-se uns com os outros, para ampliar e congregar conhecimentos......DEVERIA SER!!!!


De tudo..............

BILDUNG......muitos já tentaram revisitar.........mas...........em nosso tempo.............é quase impossível............muita “pavoneação”.........e assim......é “chover no molhado”....sem avanço!!!!!!

Ainda o que mais chamou a atenção, além de autores lendo seus próprios poemas,

O sublime para sublimar:::


Não queremos mais informação, conhecimento, queremos IMAGEM!....Será???


O que sei, de minha parte, é que vivemos o universo do endeusamento da imagem....qualquer imagem......


“Fitamo-nos até morrer, nos celulares e máquinas” (sic)...


Concordo plenamente.....nos matamos, mas, pior que NARCISOS......nos matamos no Lítio e no Silício......

Professor como músico???

Organicista da didática – executa qualquer sinfonia, mesmo sem saber a melodia??

O quê e como ensinar – partitura já composta??

Para MIM.....professor é o que vai à sala de aula, com uma PROPOSTA DE MÚSICA......que ele tem como idéia ......


Mas vai  COMPOR,  com os ALUNOS, a SINFONIA!!!!!

Bem, ao menos para mim é assim!!!!


E sim......sala de aula também tem o SUBLIME......claro, com PROFESSORES!!!!.......


VERA MARTA REOLON
MTb 16.069 

BALANÇO GERAL PORTO ALEGRE EM CENA:

1.SOLEDADE E AGORA EU VOU FICAR BONITA:

Interessante notar que, apesar de falarmos, sobre a velhice e.....oh!!!!........queremos viver....somos cada vez melhores.....mas.........quando vemos alguém com 50 anos de idade dançando, nos espantamos e, querendo ver só adolescentes, buscamos destruir.............

Deuses – sem amor – homens – morte – com amor.......gregos.........

“grande vantagem do envelheci mento é a coragem e a urgência” (sic).

É agora ou nunca.

Vida – música, dança, arte e poesia – negação da morte?

O envelhecer como lírico.

“todas as horas são horas extremas”

Será que é bonito ficar sem rugas?

Homens de cabelo branco ficam muito bonitos.

Enquanto Cida adulterou o ritmo das canções, Regina e Celso mantém a música original, os sambas, o que é bom. Mas Regina e Celso não falam do envelhecer, falam de morte e do temor à morte – que a psicanálise busca vencer através do “ conhece-te a ti mesmo”.

O que ambos os espetáculos querem é usar palavras para poetizar, o que nenhum efetivamente consegue, já que , parece-me, falta algo interno aos atores e aos espetáculos (nem tão espetaculares) para consegui-lo!!!!.

OBS: para ser espetacular deve, no mínimo, dar vontade de cantar junto e dançar, o que nenhum conseguiu com as platéias (não só conosco) embora continuem com o esquema pequeno-burguês de aplaudir em pé qualquer coisa!!!!!.

Como de costume, no Teatro Renascença (público-logo, mais do que nunca, deveriam respeitar o público!), liberam a platéia, apenas 5 minutos antes da apresentação, ou na hora, forçando os espectadores - , parece, gozando com isso – a fazerem fila.

2. NÒS:

Grupo de 7 atores no placo a discutir problemáticas existenciais, enquanto preparam uma sopa e caipirinhas. Enquanto uma senhora “mais velha” os mantém unidos, ouvindo-os em suas observações individualizadas, o grupo permanece unido. Quando decidem tirar a senhora da casa, o silêncio os habita, ninguém mais os ouve, porque não ouvem uns aos outros, ela os ouvia, ficam inertes como a acusavam no princípio. Quando ela volta para visitá-los, não a deixam mais ir embora, e quase literalmente a sufocam de carinho.

A peça se encerra com um “bailinho” – atores e platéia no palco.

Questões políticas que a sinopse propõe ficam só na pincelada – a não ser pela de sempre (e agora chata) “Fora Temer” no bailinho.

Querem que volte a ladra???

Ou esperam os cargos, sem trabalho e s em salário (  com salário) ?

3. WHATSAPP PARA SHAKESPEARE:

“o inferno olhava o amor com os olhos dos outros” – o melhor de Sonho de uma noite de verão está nesta frase. É o que fica!!!!.

4. MORTE A CIDENTAL DE UM ANARQUISTA:

Ator global que, de atuação, só segue o modelo CQC. De resto, muito pouco.


5. TRAVESSIA:

Tentam abordar um tema atual – os imigrantes- e não abordam o que realmente importa na questão: incompetência da ONU, Estado Islâmico, Questões Políticas, Queda da Diplomacia.

6. PROCESSO DE CONSCERTO DO DESEJO:

O que dizer de uma peça, em que o ator se apresenta, para espantar seus traumas e fantasmas no palco???

Só mais uma forma de transformar, em nossos dias, o que jamais deveria sair do privado, em público. Chama  atenção à platéia,  que na verdade, busca nem o ator, mas a mídia que o divulga (contratualmente) – sinal dos tempos atuais em que não há roteiros, nem roteiristas, para que possamos chamar de espetacular o espetáculo e, vencendo o trocadilho, torna-se apenas algo especular.

7. O HOMEM E A MANCHA:

O que dizer se sai para ver uma peça, e se chega ao teatro e a peça que será apresentada é outra???

A sensação da platéia é sempre de enganação, por melhor que esta seja. O que, particularmente, está longe de ser o caso. A peça não é uma peça, é uma leitura de uma reciclagem de uma outra peça. Terrível!!!  

8. SAUDADE DE MIM:

Segundo Lênin, por meio de Godard , a ética é a estética do futuro – com o que concordamos (mais, pensamos que a ética sempre é estética!).

Para os gregos a ética é estética, a estética abarca a ética – ambas são uma coisa só. Então: quando se prepara uma peça não se dá créditos apenas ao pagador da peça  - os créditos são do idealizador (mesmo que tenhamos roubado de alguém – cuidado, nós não roub amos os outros, estamos falando dos ladrões de nós!), se dá créditos aos musicistas (Chico Buarque), ao poema (João Cabral de Melo Neto – Morte e Vida Severina), assim por diante.....

Assim, temos estética, falamos de ARTE!!!


9. OS REALISTAS:

A mídia “dominante” continua “fazendo” público, mesmo que não diga nada, nada mesmo – nem sátira, nem drama.

Sai-se do “espetáculo” e se precisa de tempo para pensar “o que vi aí mesmo????” (sic).


VERA MARTA REOLON
MTb 16.069


GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
  


quarta-feira, 7 de setembro de 2016

DETALHES!!!!!!!

Pouca coisa.........que não é tão pouca assim.......só para não perder o hábito!!!!!!!!!!!!


É IMPRESSIONANTE.............o quanto todos reclamam que não há verba para a cultura...........


O PIOR É QUE ,VÊ-SE CADA VEZ MAIS ,...........ESPETÁCULOS MUUUUUUUUUUITO RUINS...........E PASME-SE............FINANCIADOS 100% POR FUNDOS COM DINHEIRO PÚBLICO................CADÊ???????


E OS RESTAURANTES??????


PARA FAZER UM EXCELENTE MACARRÃO...............NÃO SE GASTA ......COM INGREDIENTES DE PRIMEIRA..............MAIS DE R$ 15,00...R$ 20,00;.........

MAS, SE FOR NO RESTAURANTE..........MEDIANO............GASTA-SE, NO MÍNIMO......R$ 70,00..............E AINDA COM POUQUÍSSIMA COMIDA..................ISSO É UM DESASTRE, VERDADEIRO!!!!!!!!!!!!!!!!!

VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

domingo, 24 de julho de 2016

CRÍTICA/DANÇA: Casa de Caríi homenageia o Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro, que em 2016 será palco das Olimpíadas, evento mais “globalizante” sem homogeneizar as culturas, foi a poética escolhida pela Companhia de Ballet da Cidade de Niterói para a construção do espetáculo “Casa de Carií”. Revisitando os ritmos, especialmente o samba, o funk e o hip hop, que caracterizam e identificam os cariocas, a Companhia os mesclou com a dança contemporânea, através da fusão com a música eletrônica. De acordo com a direção, o desafio foi “entender a contemporaneidade sem rejeitar sua brasilidade, prestando uma homenagem traduzida em movimento a Cidade do Rio de Janeiro”.

Embora com técnica precisa e sincronia excelente entre os bailarinos, observou-se que à música presente não correspondia movimentação ritmada e harmônica. Os movimentos não prescindiam da música, o que vai contra a proposta expressa em libreto. Em um dos poucos, senão o único, momentos em que música e dança eram um só, complementares e indissociáveis, o bailarino representa estar dormindo e acorda com o despertador musical. O resultado é o corpo não conseguindo parar e “seguindo” o ritmo que tocava no aparelho. É claro: inquestionável a precisão dos movimentos, executados com maestria pelos bailarinos, bem acima da média, que se observa na maioria dos espetáculos que se apresentam por aqui.

Destaque para figurinos, que remetiam ora ao malandro carioca, ora aos esportistas (que chegarão em breve ao Rio); para os elementos cênicos (uso de cadeiras, quando todos os bailarinos estavam em cena, e do lixo, para caracterizar e chamar a atenção do público para o grave problema de saneamento ambiental); e para iluminação, utilizada em focos em partes do palco, quando um ou dois bailarinos estão em cena, retirando aquela sensação desagradável de vazio.

Espetáculo bonito e bem executado. Faltou aquele “algo mais” para dizermos “que espetáculo!”.  

Guilherme Reolon de Oliveira

Mtb 15.241

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Orquestra!!!!

Sabe-se que sem uma liderança genuina, grupo algum funciona......por mais talentosos que sejam os membros reunidos.......

Sabe-se também que, obviamente, a liderança sozinha, sem talentos sob sua gestão, nada consegue......


Sabe-se que o melhor exemplo que sempre se tem para estabelecer uma boa liderança é o de uma orquestra.

Quando a orquestra funciona, emociona, toca coesa, apresenta o que chamamos espetáculo......o resultado se manifesta no público.........

Resultado esse que evidencia uma liderança, o maestro, que soube bem conduzir talentos em busca da coesão grupal.....

Pois a OSPA - Orquestra Sinfônica de Porto Alegre - tem conseguido demonstrar a que veio.....

Duas apresentações impecáveis:

Concerto su "Poliuto" e Grand Concerto sopra motivi di "I vespri siciliani" - Antonio Pasculli
Dances of Galanta e Concerto para Orquestra - Zoltán Kodály
Batuque - Alberto Nepomuceno

Estas sob a regência de Gergely Madaras

Da série Theatro São Pedro em 14.06.2016


e

Torch Festival - Wuang Xilin
Concerto número 1 para Piano - Ludwig Van Beethoven
Sinfonia número 5 - Dmitri Shostakovich

Sob a regência de Guoyang Zhang
Série UFRGS - 21.06.2016


Música bem apresentada assim, dá gosto de participar como Presença!!!!!!!!


Vera Marta Reolon
MTb 16.069



quarta-feira, 15 de junho de 2016

CRÍTICA/DANÇA: Lenda das Cataratas do Iguaçu é materializada em Movimentos Belos e Precisos

 A paranaense Cia Eliane Fetzer de Dança Contemporânea trouxe a Porto Alegre, no último domingo (12), o espetáculo “Naipi e Tarobá : A Lenda das Cataratas do Iguaçu”, prova de que forma e conteúdo, quando equilibrados, mostram-se indissociáveis. Sem exageros, com precisão de movimentos executados por belos corpos, a peça também comprovou que Dança Contemporânea não é sinônimo de “qualquer coisa” e não pode ser igualada ao que se convencionou chamar de “performance”.

Uma lenda, em formato mítico, das origens das cataratas do Iguaçu, foi a poética escolhida pela Cia. Poética essa de amor entre mortais, castigados por um deus. A lenda caingangue trata da paixão de Naipi, filha do cacique da tribo, que seria consagrada ao deus MBoi, pelo jovem guerreiro Tarobá. No dia da festa de consagração da índia, os dois fogem. Ao saber da fuga, MBoi ficou furioso e produziu uma enorme fenda no rio pelo qual os dois andavam, formando as cataratas. Envolvidos pelas águas da imensa cachoeira, os fugitivos desapareceram para sempre: ela transformada em rocha e ele convertido em palmeira.

Com figurinos simples, porém significativos – o uso de pequenas “capas” em franjas de lã remetiam ao universo indígena – a Cia levou ao palco um belíssimo conjunto de cenas de movimentos sincrônicos e bem estruturados de Dança Contemporânea, caracterizados pelo uso mais consciente do corpo em sua totalidade, em diferentes níveis e direções espaciais. O cenário também contribuiu para a excelência da peça por sua singeleza e simplicidade: galhos suspensos, com frutos, que lembravam a floresta, e uma pequena rocha. Pouco, mas de tamanha essencialidade materializada, que se mostrou muito, ou melhor, “no ponto”.Num mesmo sentido, a iluminação, expandida ou focalizada, em variação, conforme a narrativa o exigia. A música, embora soando em uníssono, com pouca variação de tonalidade e ritmo, em alguns momentos, complementou sutilmente a movimentação. Por fim, o conjunto de doze bailarinos se mostrou coeso em uma coreografia sem exageros, equilibrada e precisa tecnicamente.

Um espetáculo praticamente perfeito, que não esqueceu dos elementos básicos que compõem uma obra de dança, numa encenação sem pretensões grandiloquentes e com sensatez em suas escolhas técnicas e estilísticas.

Cabe destacar que o espetáculo teve entrada franca. Uma pena que o público foi extremamente reduzido, prova que a formação de público em dança é tarefa, ainda, árdua e necessita de maior apoio, principalmente no que concerne à divulgação.


Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241



     


sexta-feira, 27 de maio de 2016

CRÍTICA/MÚSICA e DANÇA: Uma viagem à poesia do tango

Buenos Aires aterrissou em Porto Alegre, no último 25, por meio do emblemático espetáculo “Tango, viaje al sentimiento”, realizado no Theatro São Pedro. Em homenagem ao bicentenário de independência da Argentina e produzido pelo Consulado daquele país, o show mesclou história, música e dança de forma magistral.

Com uma Presença marcante de todos os que pisaram no palco – os instrumentistas de bandoneon, cello, violino e piano; a voz do tango argentino de Guillermo Galvé (Prêmio Platino 2015); os bailarinos – o espetáculo Aconteceu: há muito não se vê algo tão sublime.

Ali, pudemos assistir às diversas facetas do tango, inclusive suas confluências com a milonga platina, e saber um pouco até da influência brasileira em sua história, por meio de um vídeo esclarecedor sobre Alfredo La Pera, o brasileiro autor das letras imortalizadas na voz de Gardel.

Não bastasse a emoção transmitida em todas as músicas pelos instrumentistas, exatos na execução, e pelo cantor, cabe o destaque dos excelentes bailarinos, com perfeição de movimentos, sincronia grupal e figurino impecável. Foi um show mesmo! Notável a dança de dois cavalheiros, gêmeos, que remeteu ao início do tango em Buenos Aires, numa mistura até mesmo com salsa, e a posterior “disputa” destes, pela dança e em dança, por uma bailarina, encenada com maestria, como se fossem eles dois apenas um, tamanha sincronia.

Uma pena que o público, mesmo tendo visivelmente adorado o espetáculo, não pediu o “bis” – ainda que, percebido, os bailarinos e os músicos aguardassem nas coxias a reentrada para mais uma experiência estética.

Guilherme Reolon de Oliveira

MTb 15.241

quarta-feira, 25 de maio de 2016

TANGO!!!!!!!!!!!!!!!!....sempre!!!!

Então....fomos ao Theatro São Pedro ...meio que desaminados .....os últimos espetáculos deixaram muito a desejar............

Por quê um de Tango seria diferente????


Surpresa!!!!!!

O espetáculo TANGO, VIAJE AL SENTIMIENTO -  homenagem aos 200 anos de independência da Argentina, patrocinado pelo Consulado daquele país..............foi um presente dos arg entinos a Porto Alegre.

Diversos consulados presentes........

Música beirando à perfeição...........cello, bandoneon, piano e violino...........intérpretes perfeitos.....

O cantor Guilhermo Galvé, prêmio platino 2015........ótimo cantando Gardel, em composições de Alfredo la Pera...........

e os bailarinos???????????

M A R A V I L H O S O S!!!!!!!!!!!

e...não estou exagerando..........


o ruim????


só um "idiota" (ou mal orientado!) querendo chamar atenção dos consulados para o horror político que temos vivido há já algum tempo...........berrando e atrapalhando o início do espetáculo.......


O São Pedro e seu pessoal..........mais que depressa resolveu de forma diplomática...........como requeria a situação!!!!!!!!


VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

segunda-feira, 23 de maio de 2016

CRÍTICA DE ARTE/FOTOGRAFIA: Curadoria não é qualquer coisa!!!

 CURADORIA!
Qualquer um pode ser Curador?
O que é curadoria?
Pois bem!

Curador é cuidar, zelar pela obra do artista, dar visibilidade ao trabalho dele. Cuida do negócio da arte, em contraposição à criação em arte.
Curadoria é um campo interdisciplinar (valor da obra, patrocínio, logística, aluguel de espaço, iluminação, contacto com  imprensa, contextualização (histórica, cultural e teórica) do trabalho ). De onde e para onde a obra quer ir. Levantar características que dêem visibilidade à obra.
Trabalho do curador abre um acontecimento, apresenta o trabalho como matrizes para novas seqüências: raízes e ramos que podem surgir da obra.  Acrescenta marketing e outras linguagens à obra. Abre um sentido, dá sentido ou dá um espaço para que outros sentido possam surgir. O curador deve ter sensibilidade para apresentar o objeto curado para que não haja prejuízo de percepção. Não deformar o trabalho nem para mais, nem para menos. Tem uma função social e de educação não formal. – a partir de texto de Cauê Alves, intitulado Curadoria como historicidade viva.

A exposição fotográfica-performática  A FOTOGRAFIA COMO CORPO PERFOMATIZADO: A autoridade de imagem  construída, que está acontecendo no Espaço Cultural ESPM-SUL, sob curadoria de Niura Legramante Ribeiro, certamente atinge os objetivos de uma curadoria como o autor propõe.

A curadora apresenta a idéia de fotografias com corpos , apresentando movimentos, vinculados ou não à natureza, aos objetos, à vida que se desenvolve e se desenrola no decorrer do tempo fotografado.

A curadora apresenta as fotografias , como momento do modelo fotografado – o performer- o fotógrafo está aí para registrar este momento.

Diversos são os fotógrafos, como diversos são também os modelos fotografados, os ambientes, as nuances de cor, sugestão de movimentos, luz, imagem.

São modelos parados sobre a água, esta em movimento, ou na foto da modelo captada em um interstício para cair lateralmente na água – aqui o movimento é sugerido.

Na apresentação fotográfica de uma modelo nua sobre a cama, a sugerir masturbação, mas o fotógrafo faz inserções de sombras com roupa, na cama, saindo da cama.

Em fotografias de inserções de modelos na natureza, a cor, a luz, a sombra, o aparecer-desaparecer.

Registros de sombras, de movimentos, a sombra => seqüências de fotos e/ou manipulação de imagens, seqüências como cinema, dando a sensação do movimento através do tempo.

Vale a pena ver!

VERA MARTA REOLON

MTb 16.069

CRÍTICA/TEATRO: BRECHT – desvendado! – DESVELADO????

Então.......fomos ver uma peça do Palco Giratório “Diga que você está de acordo! MáquinaFatzer” – do Teatro Máquina de Fortaleza – CE.
A peça se baseia em fragmentos achados de Brecht, desconhecidos do grande público,  inicialmente não traduzidos e, após encontrá-los, traduzem o texto na USP e uma aluna de Pós Graduação resolve trabalhar um fragmento do “fragmento-texto original” em apresentação teatral com o grupo Teatro Máquina.
O fragmento:
Uma mulher e inicialmente três homens (um vestido de mulher) cheios de hematomas e bandagens, aparentam ter estado na guerra, vivem em um ambiente,em princípio, com certo equilíbrio.
 Chega um quarto homem e inicia-se certo conflito, inicialmente para entrar na casa, depois para apossar-se do ambiente e da mulher.
O que se veste de mulher questiona a entrada do outro mostrando sua saia – “falta mulher para ti aqui dentro!” (sic) – ((sic) porque se precisa deduzir o que é dito, a linguagem é incompreensível). As palavras não são compreensíveis. Nada do que é verbalizado tem linguagem construída e constituída. A única coisa compreensível , lingüisticamente, é a frase da mulher, em desespero, dizendo “esta casa é minha” (sic).
A platéia então fica sabendo que a casa é dela, que estão ainda sob fogo da guerra e que os homens são atendidos por ela em seus ferimentos e alimentos (poucos!).
Quando o último introduzido na casa ataca a mulher, ela então ataca um, é atacada pelo que estava com saia, que então aparece sem saia, isto tudo enquanto o quartto (marido dela- segundo o grupo) come um fruto achado no chão, embaixo do assoalho.
O cenário - casa  é destruído. O homem que foi “atacado” pela mulher aparenta ter morrido (tuberculose?). A mulher o prepara para enterro?!, enquanto os outros estão em uma aparente catarse.
Escurece o teatro. Silêncio!
Alguns, depois de segundos, aplaudem.
Acende-se as luzes e os atores se apresentam para “agradecer”.
Interessante notar que, nos últimos tempos todos têm aplaudido em pé, os diferentes espetáculos. Neste não aconteceu. E nota mais grave ainda – foi um dos melhores espetáculos de muito tempo.

Discussão sobre a peça:
Os poucos da platéia que ficam para a discussão ouvem que a peça é resultado dos estudos de doutorado da “diretora” que, para tornar peça, trabalha “alunos”, o texto com diretor argentino e traz a peça ao público do Palco Giratório.
O que é apresentado sabe-se que é o fragmento do fragmento encontrado de Brecht. Que a peça é um despedaçamento, inclusive lingüístico, com o fim de “chocar” o público.
As grandes questões não são discutidas nem nas perguntas do interlocutor, nem pela parca platéia que permanece. Falam de atitudes “animalescas” dos personagens. Mas quê animal ataca sua espécie se não for apenas para saciar sua fome?
Só o “humano”.
O quê é Humano???
A tradição cristã da qual nossa cultura ocidental descende nos ensinou que ser humano é ser BOM, bondoso, compreensivo.....
Mas isso não é o homo sapiens   - os assim denominados não são bons, são predadores em tudo, nos negócios dos outros, na administração de seus subordinados, na administração de verbas e negócios públicos, que deveriam defender com responsabilidade (cobrada – inclusive por magistrados públicos – pagos com dinheiro do POVO!), na condução das famílias que decidem- escolhem ter (inclusive os animais que adotam e deveriam proteger e não usurpar suas vidas!), nas crianças que geram e não deveriam abusar, sexual, financeira, educativa e moralmente.
Os animais??????
Animais não fazem isso, não roubam o semelhante, não matam, não estupram, não invadem, não torturam.
Só o “homem” o faz!
O que é Humano?
O que é animalesco?
Alguém deveria “ensinar”, inclusive à “diretora” e ao “diretor” argentino.
Claro que a “diretora” irá dizer “atingimos o objetivo que nos propomos, sob o prisma acadêmico do teatro” (sic)  para “parecer” inteligente mas, se assim o fosse não o seria!
Como dizia um amigo antigo meu do teatro: teatro/atuação de verdade não se aprende na academia!

O que fica é o que Deleuze chamou de non-sense – não o sem sentido algum que alguns desavisados traduzem – mas o pleno de sentido – o sentido em sua potência máxima!!! 

VERA MARTA REOLON
MTb 16.069



CRÍTICA/DANÇA: Israeli e Flamenco: quando o folclore deixa de ser só folclore (ou não)

Na semana que passou, dois espetáculos apresentados em Porto Alegre nos provocaram um questionamento relativo às danças folclóricas: quando deixam de ser apenas “folclóricas”, se isso é possível, e passam a figurar no escopo de danças “em geral”?
Vejam bem, tratam-se de duas apresentações: uma de dança israeli, do grupo Kadima (agraciado com o Prêmio Açorianos de Dança 2015, como Espetáculo do Ano), e outra de flamenco, do grupo de Silvia Canarim.
A pergunta parece ser mais facilmente respondida quando nos referimos ao flamenco, que já figura nas mostras de dança ao lado das danças clássica, moderna e contemporânea, movimento que ocorre também com as danças urbanas e com a dança do ventre, por exemplo.
A mídia desempenhou papel importante nesse sentido, popularizando, quase massificando algo restrito a um grupo. De flamenco, há escolas especializadas ao ensino de sua dança, associada ou não aos costumes que propiciaram seu advento: a música e a cultura de Sevilha, Espanha. O flamenco figura como o samba, o tango, a salsa.
Isso não ocorre com a dança israeli, que se equipara, por exemplo, às danças gaúchas, ao frevo e à tarantela, ainda restritas a grupos específicos ou culturas regionalistas. Pode-se pensar que tais danças ainda não sofreram um processo de transformação do popular ao massivo, mas isso se mostra argumento fraco, uma vez que são identificáveis facilmente por qualquer um. Essas danças, uma vez “confinadas” a determinados grupos, sobrevivem – é o que se observa – pelo esforço (e diríamos pelo patrocínio) de fundações, centros de tradições, governos e institutos públicos, movimentos tradicionalistas, o que não ocorre com outras modalidades de danças.
Por figurarem no escopo das danças folclóricas, por vezes, esses grupos contam com a participação de um número elevado de bailarinos (que desfoca a atenção do público) e, dado seu caráter de folclore, não exigem uma avaliação de precisão de movimentos e ações. Isso se observou no espetáculo Etnias, do grupo Kadima, apresentado dia 17, no Theatro São Pedro. Com um grupo de mais de 30 bailarinos no palco, em diversos momentos, era perceptível que um ou outro não “lembrou” da coreografia, parou a movimentação e aguardou a “deixa” para entrar novamente na escrita combinada. Em grupos menores ou de dança clássica, por exemplo, isso – o erro – não passaria desapercebido e seria facilmente notado, mesmo por grupo não especializado. Ainda assim, o grupo fez uma apresentação muito boa, com Presença (da maioria) e afinação de narrativa (história dos judeus) por meio de figurinos e oito (ou nove) coreografias, com autorias eticamente documentadas – é verdade que facilitada, afinal, qual grupo de dança, hoje, tem um conjunto de mais de dez produtores à sua disposição (aliás, produção inteligente, inclusive de vídeo e libreto), além de uma fundação brasileira de arte e cultura por trás?
Nesse sentido, uma avaliação melhor merece o espetáculo Usina Tablao, do Grupo Flamenco Sílvia Canarim, apresentado dia 18, no Teatro Renascença. No palco: um cantor, dois instrumentistas e seis bailarinas, música flamenca ao vivo e um gostinho de participação naquele grupo que remetia aos tablados espanhóis. Uma precisão de movimentos, uma sensação de pertença grupal e uma Presença marcante dos músicos e das bailarinas, resultou em um ótimo espetáculo, que, por tal caracterização, merecia talvez mais destaque. Os detalhes do figurino, da iluminação e mesmo do cenário (simples, porém significativo – um lenço aberto ao fundo, remetendo a esta “roda de conversa e descontração”, tais como as rodas ciganas e as rodas de chimarrão gaúchas) foram também muito bem pensados. E ali, como programa, estiveram presentes soleá, guajiras, tientos, alegrias, tangos e sevillanas, propiciando um panorama da arte flamenca.
Por essas e por outras, talvez, o Prêmio Açorianos de Dança deva estar em constante mudança, atento a nuances que por vezes passam desapercebidas. E mais: em uma época de falta de verbas na área cultural (extinção e retorno do Ministério da Cultura), os recursos devem ser disponibilizados a quem os utiliza de maneira sábia e proveitosamente, por que o dinheiro é do povo.
O patrocínio foi bem empregado, não há dúvida, em Etnias. Usina Tablao merecia um olhar mais atento do público especializado.   

Guilherme Reolon de Oliveira

Mtb 15.241

terça-feira, 17 de maio de 2016

CRÍTICA/DANÇA: Almodóvar em movimento

O universo da obra cinematográfica de Pedro Almodóvar, por si emblemático e singular, se transformou em espetáculo de dança pela Khaos Cênica, encenado no Teatro Renascença, no último 13. Oscilando dança no palco e em vídeo, complementares, com cenas conjugadas (um movimento iniciado num suporte continuava em outro), “Rubro Almodóvar” não se restringiu a apenas um gênero: dança de salão, algo de contemporâneo, e até mesmo hip hop, momento até com funk (contextualizado em crítica ao moralismo da Igreja).

“Rubro Almodóvar” trouxe aos palcos diversas cenas que lembravam a filmografia do cineasta: Tudo sobre minha mãe, Volver, Má educação, Corações Partidos, dentre outros. As cores características da fotografia dessas obras também se fez presente, em especial o vermelho. Embora com diferentes gêneros, se pensarmos nos movimentos, a trilha sonora se restringiu a músicas com teor tragicômico, ganhando relevo o bolero. Tecnicamente, os bailarinos homens se destacaram – também porque, talvez, a coreografia o tenha favorecido: merecida menção a cenas de casal, em detrimento dos momentos em que apenas as bailarinas ficaram sós no palco (nestes, faltou um “tempero”, algo que desse mais vida, Presença).

O figurino estava condizente com a poética de Almodóvar: cores vibrantes, com tecidos fluidos; algo até mesmo com certo desleixo (proposital?), no que se refere às camisas masculinas que, na realização dos movimentos, acabavam de desprendo do interior das caças, isso acaba comprometendo a obra, com cara de “pouco cuidado”. 

Pouco cuidado, contudo, não se observou na unidade da obra. Pelo contrário, o que se percebe é que a direção do espetáculo (responsável também pela concepção) pensou nos detalhes: o casamento entre cinema e dança – e aqui nos dois sentidos (entre a obra de Almodóvar e a coreografia, entre o vídeo e o palco que se mesclavam); a iluminação (também com o uso das cores predominantes em Almodóvar); e a construção de uma “narrativa” (uma liga entre cenas que pudessem parecer desconexas).

A Presença talvez tenha sido comprometida porque o cenário não foi idealizado com tal esmero. Quando o uso de elemento cênico na última seqüência de movimentos foi usado, o espaço se completou, articulando melhor a relação entre vazios e a quantidade reduzida de elenco. Nos demais momentos, quando no palco se viu apenas os bailarinos, especialmente quando permaneciam as três bailarinas (os menos delas), um desconforto visual acontecia, uma sensação de vazio mesmo, sem Presença de cena.


Por fim, cabe destacar que, nos vídeos, a Khaos Cênica ocupou destacados pontos urbanos de Porto Alegre (ruas, centro de cultura, praças); será que querendo mostrar que Almodóvar está não só em cena, como fora dela? Se levarmos em consideração a afirmação da direção, que as questões do cineasta “humanizam figuras normalmente tratadas como parias sociais e resumidas a clichês”, talvez a resposta seja positiva.


Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241

sábado, 9 de abril de 2016

CRÍTICA/DANÇA: Cadê a dança?

A pergunta pode parecer estranha, mesmo "louca", mas quando um espetáculo que se propõe a ser de dança pode assim ser considerado efetivamente? Em outras palavras, basta designar-se "de dança" para ser considerado "de dança"?

O espetáculo "As únicas coisas eternas são as nuvens", apresentado pela Porto Alegre Cia de Dança, no Theatro São Pedro, no último 31, teve muitas qualidades. Aliás, especialmente em elementos constitutivos das artes "da cena" - teatro e dança" - por vezes esquecidos pelas Companhias de dança. O cenário, por exemplo. Quando muito, determinados grupos incluem alguma projeção digital. "As únicas coisas...", ao contrário, apresentou um cenário muito bem construído e, observa-se, planejado com rigor. A começar pela tela/cortina transparente que encobriu o palco antes da entrada dos bailarinos, na qual constava a assinatura do poeta Mário Quintana, cujos versos serviram de inspiração ao coreógrafo João Butoh. Elementos cênicos também tiveram destaque: os cataventos, os leques, os livros, as xícaras, o baú - elementos que remetem diretamente ao poeta.

A iluminação, outro elemento raramente pensado nos espetáculos de dança, aqui teve certo destaque. De uma beleza sem-igual, no entanto, foi a inclusão da narração dos poemas de Quintana por ele mesmo, intercalada por músicas diversas, da época do poeta, porém com pouca ligação com a obra do artista.

Infelizmente, as qualidades param por aí. E isso se refletiu na reação da plateia, com pessoas saindo na metade do espetáculo, ou mesmo acessando seus aparelhos celulares, parando de olhar o que acontecia no palco.

Com uma poética tão expressiva - os poemas de Quintana - "As únicas coisas..." frustrou, e muito, as expectativas. A começar pelo uso da estereotipia. A direção afirmou, no libreto da montagem, "em uma obra que fala de coisas locais e atinge proporções universais, é inegavelmente uma dádiva, que talvez só os anjos possam explica". Ok, mas colocar bailarinos vestidos de anjos, ainda mais com asas, que inclusive atrapalhavam certos movimentos? Algo muito estereotipado, faltou simbolização.

Não bastasse, faltou dança. "As únicas coisas..." se resumiu a movimentos simplórios, repetitivos e monótonos, com indícios de dança. Dizer que se trata "da misteriosa arte da dança butoh" não só é insuficiente, como afronta o bom-senso e a capacidade de crítica do público. Aplaudiram antes mesmo do término do espetáculo, prontos para irem embora. Equívocos, obviamente, do coreógrafo, não dos bailarinos. Mário Quintana, sem dúvida, merece uma homenagem melhor.

Guilherme Reolon de Oliveira
Mtb 15.241


segunda-feira, 14 de março de 2016

CRÍTICA/DANÇA: Faltou verde em Verde (in)tenso


Enxertar o adjetivo “contemporâneo” à dança – ou a qualquer outra arte – não autoriza o artista a “qualquer coisa” produzir. A obra de arte é aberta a múltiplas interpretações, ok, mas “não escancarada”, como observara Haroldo de Campos.

O espetáculo Verde (in)tenso, apresentado pela GEDA Companhia de Dança Contemporânea, no último dia 11, no Theatro São Pedro, propôs o universo gaúcho como poética de concepção. Elementos da “lida” campeira estiveram presentes, tanto na vestimenta (com indícios de xale, ponchos, bombachas e xilipás), quanto em elementos cênicos, tais como ossadas de bois. Um momento/movimento que teve destaque foi o que metaforizou o tosqueamento de uma ovelha: um bailarino cortava uma espécie de “segunda pele” de uma bailarina. Outro foi a participação de um casal de bailarinos que não pertenciam à Cia: dançaram belissimamente ao som de trechos de música tradicionalista.

A iluminação foi pouco explorada, quase sem modificações. O cenário, embora mínimo, essencializou o vento, retomado em passagens de textos declamados de Érico Veríssimo e em movimentos que visivelmente o ilustraram. O elemento cênico das boleadeiras, utilizado por uma das bailarinas, em momento individual, foi associado a uma passagem de Ana Terra (Veríssimo): mas o discurso de Terra remetia ao desejo, e as boleadeiras, por sua vez, à dominação (do animal?).

A Cia procurou, parece, fugir ao estereótipo do gaúcho, porém a empreitada, se verdadeira, teve efeito contrário: realçou elementos do folclore (temas como a roda de chimarrão, por exemplo). E se desejou fazê-lo, isso não ficou claro, ou poderia acontecer de forma diferenciada. Óbvio, trata-se de escolhas. Mas o figurino, por exemplo, sem fugir de algumas características do tradicionalismo (universo masculino), as reduziu à cor preta, sem motivação poética evidente, mesmo que indicativa, para tal. O recurso conceitual de reduzir o gaúcho às fazendas e ao universo do campo, também produziu efeito invertido negativo: o Rio Grande do Sul não se constitui só do pampa. Mesmo Vitor Ramil, em sua Estética do Frio, foge disso. Aliás, a belíssima música de Vitor, Loucos de cara, finalizou o espetáculo, embora os créditos não tenham sido dados ao compositor no folder. Essa mesma canção, cuja letra remete à união (“Vem, anda comigo, pelo planeta, vamos fugir”) e ao movimento (“Vem, nada nos prende, ombro no ombro, vamos fugir”), foi reduzida a movimentos lentos e, pior, individualizados (inclusive com os “canhões” de luz/refletores apontados para cada bailarino).

Só não ficou pior porque exatamente durante a audição dessa emocionante música, os bailarinos dançaram sobre uma camada verde de erva-mate, derramada segundos antes, o que provocou uma intensidade interessante. Mas o verde só apareceu ali, quase no fim do espetáculo. E o título?

Aparentando dança-teatro, inspirado na coreógrafa alemã Pina Bausch, Verde (in)tenso se constituiu mais de uma peça teatral com alguma movimentação que lembra dança. Mas não dança-teatro. Mais Performance, com resquícios de dança. Com exceção, talvez, de um dos bailarinos, que já passou pela Cia Municipal de Dana de Porto Alegre, e que apresentou uma performance mais próxima à dança, a movimentação dos demais foi seca, faltou sincronia em alguns movimentos que a requeriam. Talvez (!), o mérito maior de Verde (in)tenso tenha sido o trecho em que duas bailarinos executam movimentos robóticos, ao som de vozes femininas sobrepostas, e com apetrechos gaudérios, que associaram as bailarinas a bois. Uma clara crítica à objetificação das mulheres (no campo – só?).   

Guilherme Reolon de Oliveira

Mtb 15.241

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

SOBRE UVAS

E a FESTA DA UVA??????


Decepcionante............

Vai lá que estejamos enfrentando a maior crise financeira..........econômica....política.............


Mas............UVA............é A FESTA...............


Deveria estar no prédio principal.............


A UVA DEVERIA SER OFERTADA a degustação.......em sala ampla...............com bancos...........com conforto..................a UVA é a festa!!!!!!!!!!!!!!!!!


UVA à vontade..............ninguém vai comer uma tonelada de uva.................

e ficaria bonito.........e mercadológico..............dizer de ONDE  VEM a UVA servida!!!!!!!!!!


 VERA MARTA REOLON

MTb 16.069
                 .

Questões Acadêmicas...........

DUAS QUESTÕES ACADÊMICAS:

PRIMEIRO: ACADEMIA aqui é a ACADEMIA inicialmente GREGA, FUNDADA POR PLATÃO.....o que nos nossos dias querem chamar a UNIVERSIDADE (conjunto de faculdades - ensino + pesquisa ACADÊMICA - diferente de pesquisa farmacêutica e outras!!!!!)...logo, nada tem a ver com a ACADEMIA DE GINÁSTICA, etc....


- Quando comentei que o tal senhor  deveria ENSINAR a ORIENTAR........NÃO dizia que ele deveria ser humilhado.....


COMO VÃO FORÇAR ALGUÉM QUE JÁ FOI VICE-REITOR.....implantador de projetos básicos na universidade.....reorganizador de processos.......a submeter-se a uma SELEÇÃO....mesmo que fictícia....é óbvio..............e exigir que leve comprovantes........MAS A UNIVERSIDADE NÃO TEM DOCUMENTOS DE SEUS ANTIGOS MENTORES?????

Que o mundo está complicado demais ....até para alguém mais existencial.............mas.........SERÁ QUE A INVEJA ...........NÃO VAI PARAR DE DESTRUIR TALENTOS E OPORTUNIDADES.................PORQUE JAMAIS CONSEGUIRÁ TÊ-LOS?????? (os talentos ...claro!!!! - nem buscando de robôs ficcionais!!!!)


- COLAÇÃO DE GRAU..........


O que essa gente entende por colação de grau???????


NÃO TEM MAIS CERIMONIALISTA NAS UNIVERSIDADES???????.......nem nas que possuem cursos de RP???????


Não sabem os tais que os membros da mesa  que  (deveriam ser) são PORTADORES DE GRAU.......logo, como a cerimônia é de GALA ACADÊMICA..............DEVEM PORTAR SEU SÍMBOLO NA CABEÇA??????????? - no caso o SÍMBOLO (ao menos como símbolo - do GRAU - o tal do BARRETE - que, para quem não sabe - nas academias - não é de ginástica - É UNIVERSIDADE - a academia CRIADA POR PLATÃO -  é o "chapeuzinho" que não faz parte do traje para ser levado a passear!!!!).


COMO PODEM CONCEDER GRAU................SE NÃO O POSSUEM??????


COMO membros da ACADEMIA não sabem disso?????????????.......


Alguma coisa está muito errada!!!!!!!!!!!!!!



VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Porto Verão Alegre: Balanço Geral

Apareceu a Margarida:
Roteiro que pretende chocar o espectador – mas, até certo ponto datado, já não mais cumpre a proposta. Repetição de frases, em um monólogo, acaba deixando a apresentação chata. Com um tom escatológico, serviu para a exibição do ator.

Se meu ponto G falasse
Uma platéia cheia... o que não faz um título bem “marketinzado”? Uma pena que de “ponto G” falou-se uma frase. E ele, ali, parece nada falar. O roteiro, na verdade, se concentra em expectativas das mulheres, em relação aos homens: basicamente em como conseguí-los.

Beatles em concerto
Sempre bom ouvir Beatles. Interpretação excelente, porém de tão poucas músicas. Parece que ficou faltando algo: alguém no vocal, quem sabe.

Projeto secreto: Gaiola das Loucas
Uma peça consagrada merece uma interpretação primorosa, ou uma releitura original. Não se viu nada disso. Roteiro quase intacto, com interpretações que deixaram a desejar – e nem um pouco clara a proposta de transformar todos os personagens em drag’s. Excesso de performances musicais intercalando o texto – com músicas que sequer remetem ao universo da peça: faltou até mesmo a clássica “We are family”.

Manual prático da mulher moderna
Interessante até certo ponto. Mas ouvir mulheres falando certas palavras chega a doer. Precisa? E a conclusão final: a vida não se resume às receitas.

O que eles pensam que elas pensam
Roteiro péssimo. Atuação amadora. É uma propaganda enganosa. O espectador lê o titulo e a sinopse e espera assistir a três homens e um travesti, em um banheiro, falando sobre seus “achismos” em relação ao pensamento da mulher. Chegando-se ao teatro, o diretor/roteirista/ator anuncia que a peça tratará de “frase de banheiro”. Pois não é que nem a primeira, nem a segunda proposta se concretizam?

Besteirol, o musical
Atuação muito boa. Mas as esquetes poderiam ser um pouco menores, especialmente a “Vamos falar francamente?”, cujo diálogo pareceu arrastado. As melhores partes foram as das drag’s.

Romeu e Julieta
Faltou emoção aos atores principais: uma pena, pois a mais conhecida história de amor fica obscurecida. Romeu não demonstrou diferença entre a paixão por Rolalina e a paixão por Julieta: um pecado!


Em geral: falta de preocupação com cenário, com iluminação e com figurino. E a sensação que o humor brasileiro se resume ao histriônico, ao sexualizado e ao “rir da própria desgraça”. 


Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241

domingo, 14 de fevereiro de 2016

CRÍTICAS....bem REAIS!!!!

Sobre a última leva de "espetáculos" (o fato de ter colocado ASPAS para designar espetáculo vai seguir com a retórica!).:


HOMENAGEM A NICO NICOLAIEVSKI: Primoroso, com o Grrpo de Teatro Esperança e a participação mais do que especial de Fernanda Takai (podia ter cantado mais- mais músicas digo, mas ....enfim...).............HOMENAGEM Á ALTURA DO MÚSICO!

Show de Hique Gomes: Bonito o retorno após a "Ida" (retorno) de Nico(Maestro) a Sbornia em definitivo. Nem se vê o tempo passar. Mais do que bonito o término do espetáculo sain do às ruas e ecoando sons por toda a Praça da Matriz.

Esperamos que tais espetáculos não demorem mais tanto tempo para  retornarem as apresentações.


O Porto Verão Alegre:

Se meu Ponto G Falasse: Se é para reapresentar peças que estão em cartaz há muito, dever-se-ia atualizar historicamente e socialmente o roteiro, caso contrário a sátira vira tragédia.  Nem se fala em ponto G, mote da peça!!!. E como piadas para o feminino ficam requentadas!!.

Apareceu a Margarida, Projeto Secreto Gaiola das Loucas, O que eles pensam que elas pensam: além de alguns pecarem até mesmo no título e proposta que não se concretiza no que é apresentado, fica-se com a idéia de ser enganado, vai-se ver algo e ...pimba!.......é outra coisa!..............

Manual Prático da Mulher Moderna: Não sei bem o que é ser moderna, mas passa ao largo do que é ser uma mulher......poderia ser o que é ser "patricinha".....mas.....aí?????

Besteirol - O Musical: O problema não é bem de atores, mas de roteiro.....e ainda precisa trazer vídeo para complementar teatro......mas teatro é espetáculo presente.....?????

E ROMEU E JULIETA???....esse aí conseguiram deixar o maior romance da literatura mundial com um Romeu fútil ,que "morre" de amores por uma mulher até encontrar outra e assim vai.............AMOR???............FUTILIDADES não é amor!!!!!!!!!!!!


MAS.....sabe-se, é NOTÓRIO................há falta total de roteiristas............por tudo.........no Brasil..........em Hollywood.............por tudo...............mas........cruzes.......a coisa tá feia........vai do histriônico...........ao trágico..............e era para ser comédia!!!!!!!!


VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

CRÍTICA/TEATRO: Da identidade em cena (e fora dela)

O que é? A pergunta ontológica, que nos persegue enquanto indivíduos, sujeitos, grupos ou instituições é a marca do humano: questionar-se sobre a identidade dos seres e das coisas. Essência e aparência, identidade e diferença, assim, mais que palavras, são conceitos imbricados, que não permitem desvinculação.

O espetáculo “A comédia dos erros” (de Shakespeare), encenada, no último fim-de-semana, pela Cia Stravaganza, traz em seu bojo o questionamento sobre a identidade. Apelando ao cômico, mais para agregar o público à proposta (nos parece) que para divertir propriamente dito, a Cia apresentou um pré-show interessante e cativante: Laurita recebia o público com boas-vindas, enquanto no palco e na platéia outros personagens vendiam água com ou sem “gases”, cachaça, cerveja e amendoim (este “para dar energia”), “tiravam” a sorte (“para depois devolvê-la”).

O pré-show acabou, Laurita sobe ao palco, tira peruca, cílios postiços e maquiagem: o ator “sai” do personagem e transforma-se em outro (ou em si mesmo?). E a introdução ganha fôlego: você é o que você é: japonês, freira, mercador, prostituta: como você é visto, como você se vê.

A peça acontece: da confusão entre duas duplas de gêmeos e os que os circundam, inclusive os desconhecidos pai e mãe, nascem os erros da comédia que leva o espectador para além do riso: à reflexão e ao questionamento.

Atuações muito boas, com atores versáteis (que “trocam” de personagem mesmo no palco), cenário bem construído (para a conjugação de texto e contexto sem quebras), figurinos característicos e uma sonoplastia excelente (que conferiu agilidade e dinâmica). Tudo isso tornou o espetáculo um ótimo espetáculo.

Guilherme Reolon de Oliveira

Mtb 15.241

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

identidade.....espetáculos!!!!

O QUE É IDENTIDADE??????

O que identifica o ser???????

O que identifica um ator, um personagem, um intérprete??????


Neste Porto Verão Alegre....duas peças abordaram a questão de gêmeos que, em princípio, seriam idênticos, confundíveis, daí a comédia que adviria da confusão gerada pela presença dos dois em um ambiente, sem que eles saibam do outro e nem seus interlocutores..


As duas peças;

OS DOIS GÊMEOS VENEZIANOS.........do GRUPO CATARSE....... que já no nome dava a indicação do que viria e, a ótima........


A COMÉDIA DOS ERROS, baseada em texto de Shakespeare, encenada pela COMPANHIA STRAVAGANZA.............

Então, sobre esta última:

Já na entrada da peça se percebeu que o que viria não seria comum, com uma feira turca de venda de produtos à platéia.

Registre-se que, diferente de sempre, no Teatro Renascença, as portas do teatro foram abertas quinze minutos antes do horário, tempo necessário à acomodação da platéia e ao desligar das maquininhas viciantes, - OS QUE CONSEGUEM FAZÊ-LO, pois mesmo que  peçam que o façam, os mais viciados NÃO O CONSEGUEM.......(note-se que sempre que se critica o uso das maquininhas viciantes, as companhias telefônicas dão brindes aos dependentes - sim, já percebemos isso - as multas a nos pagar SÃO MUITO ALTAS???!!!!)................ permitindo assim, que o espetáculo inicie no horário proposto......


Diferentemente da OS DOIS GÊMEOS VENEZIANOS, que parecia mais uma peça destinada ao público infantil - inclusive com crianças pequenas na platéia -  a COMPANHIA STRAVAGANZA apresentou um espetáculo  digno do nome de Shakespeare.


O cenário criado  propiciava que se entrevisse por entre os panos a troca de figurino com  mudança do personagem e, mesmo assim, o ator, no processo, ia incorporando o novo personagem, fazendo assim com que o público participasse do processo.

As diferentes personagens conduzem uma platéia razoavelmente inteligente que siga com os personagens na busca de uma explicação à questão inicial - O que é identidade, enfim...


Sim, conseguimos entender o recado!!!!!!!!!!!!!!!


VERA MARTA REOLON
MTb 16.069