"EM TEMPOS DE M E N T I R A UNIVERSAL,

DIZER A V E R D A D E É UM ATO REVOLUCIONÁRIO"

George Orwel
"Quando enterrada, a verdade cresce e se sufoca, ganha uma força tão explosiva que quando vem a tona vai explodindo tudo."

Emile Zola

"Numa obra de arte, o crítico busca o teor de verdade (wahrheitsgehalt), o comentador o teor de coisa (sachgehalt). O que determina a relação entre os dois é esta lei fundamental de toda escrita: à medida que o teor de verdade de uma obra adquire mais significação, sua ligação com o teor de coisa se torna menos aparente e mais interior.

[...] então, somente ele [o historiador, o filósofo] pode colocar a questão crítica fundamental: a aparência do teor de verdade se prende ao teor de coisa, ou a vida do teor de coisa se prende ao teor de verdade?

Pois, ao se dissociarem na obra, eles decidem sobre sua imortalidade. Neste sentido a história das obras prepara sua crítica e aumenta assim a distância histórica de seu poder.

Se compararmos a obra à fogueira, o comentador está diante dela como o químico, o crítico como o alquimista. Enquanto para aquele madeira e cinzas são os únicos objetos de sua análise, para este apenas a chama é um enigma, o enigma do vivo.

Assim o crítico se interroga sobre a verdade cuja chama viva continua a arder por cima das pesadas lenhas do passado e da cinza ligeira do vivido. " Walter Benjamim

"NÃO PERCA TEMPO TENTANDO SER

NINGUÉM EXCETO VOCÊ MESMO,

PORQUE AS COISAS QUE TE FAZEM

UM ESTRANHO SÃO AQUELAS

QUE TE DEIXAM PODEROSO"
PLATT

UMA OBRA SÓ SE TORNA OBRA DE ARTE A PARTIR DA CRÍTICA.


CUIDADO!
ARTE inclui:Dança, Música, Teatro, Literatura,Pintura, Escultura,....., e todo trabalho que dedicamos (pelos nossos TALENTOS) e o realizamos com AMOR (sem inveja, nem dor, nem....)!!!!!!
"UMA FOTO É UM SEGREDO SOBRE UM SEGREDO.

QUANTO MAIS ELA DIZ, MENOS VOCÊ SABE."
D.A.



"A VIDA É UM SONHO.

TORNE-O REAL".
M.T.


"INCAPAZ DE PERCEBER A TUA FORMA, TE ENCONTRO EM VOLTA DE MIM.
TUA PRESENÇA ENCHE MEUS OLHOS COM TEU AMOR, AQUECE MEU CORAÇÃO, POIS ESTÁS EM TODO LUGAR"
A que se presta este blog??????????...............a estabelecer notícias, comentar fatos do cotidiano no e do mundo........elaborar alguma crônica de autoria dos blogueiros responsáveis (que, é óbvio, são maiores, responsáveis, éticos, e nada crianças - embora possuir a leveza das crianças "educadas" não seja nada ruim!!!!!).......realizar críticas, como pensamos não existir nas mídias que temos e vemos..........com, cremos, sabedoria e precisão.........com intuito de buscar melhorias em nossas relações com os seres vivos........e com/para o mundo..........se possível!!!!!!................



Críticas por e pela ARTE ( ESTÉTICA COM ÉTICA - como deve ser!!!! - desde a PAIDÉIA - A BILDUNG - .......ATÉ O SEMPRE!!!!!!!)




EDITORIA RESPONSÁVEL:
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA E
VERA MARTA REOLON

domingo, 1 de outubro de 2017

CRÍTICA/DANÇA: Bizet na República Riograndense

                                         
                O espetáculo Carmem Gaúcha, produzido e encenado pela Cadica Cia de Dança, na última quarta (27), no Theatro São Pedro, ofereceu ao público multiplicidade e pluralidade artística, na contramão de inúmeras obras que se autodeclaram híbridas, mas que, no máximo, se constituem como misturas de técnicas. O espetáculo em questão, ao contrário, soube fusionar de forma totalmente harmônica, e sem corrompê-los, elementos que quase nunca aparecem juntos e são entendidos, por vezes, como diversos, mesmo antagônicos.
                A cultura gaúcha, mais especificamente a rio-grandense, esteve presente com a cultura espanhola, a flamenca, ambas sem sobreposição de características, valorizando o que têm de singularidade e até remetendo o espectador a origens em comum (lembremos das influências entre as culturas espanhola, platina e gaúcha). Isso se evidenciou não apenas na partitura coreográfica, como também no figurino muito bem elaborado. Aliás, quanto ao quesito da escrita de movimentos, a CIA soube também agregar elementos extras às culturas valorizadas, como os de balé clássico. Toda a forma em plena harmonia enfatizando o conteúdo  proposto: a reflexão sobre liberdade, autonomia e os direitos das mulheres presente na história de Carmem, do compositor Georges Bizet.
                A iluminação, que dava evidência a elementos específicos, em cada ato (foram 18), aliada ao cenário (que trocou em número suficiente de vezes, 3, de modo a fazer marcações de espaço, com a introdução ou supressão de elementos cênicos, como mesas e cadeiras, leques, capas e lenços) só favoreceu os movimentos, alinhados às músicas subjacentes , em boa seleção, que foi do repertório original de Carmem à Semeadura (de Vitor Ramil e José Fogaça), passando por Prenda Minha, Merceditas, Sevillana, dentre outros. Também a tourada esteve presente, dando um “tapa na cara” de todos, inseridos na cultura machista, inclusive e principalmente os gaúchos, que fazem da mulher um touro a ser manipulado, servindo de circo, não bastasse o próprio tratamento degradante em relação aos animais (embora grupos internos do MTG estejam mudando de atitudes – não sei no que tange à Espanha). Ainda que a crítica tenha se evidenciado, a valorização da tradição (ou tradicionalismo?) gaúcha e flamenca se fez protagonista. E assim ficou ótimo! .

GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241



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