Seguindo uma novidade do exterior - surgida despretensiosamente em 2004 com o cineasta Francis Ford Coppola, e com os pioneiros em seu consumo em 2008 - a VIVANT WINES lançou em janeiro de 2019 o primeiro vinho em lata no Brasil.
Pudemos conversar com um dos três sócios fundadores, que nos apresentou a proposta inovadora. Direto do sudeste do país, a marca buscou na serra gaúcha os vinhos que enlataria. Depois de muitas negativas, foi a vinícola caxiense Don Bonifácio que topou a parceria.
Com quase dois anos de existência e meio milhão de latas vendidas, a VIVANT lançou três rótulos: branco, tinto e rosé. Em novembro virão mais dois, ambos frisantes (branco e rosé). Atualmente, está presente em 24 estados e 500 cidades brasileiras, atingindo 20% do território nacional. São trinta mil litros de vinhos por mês, ou 130 mil latas.
O proprietário nos apresentou o sistema produtivo que, embora simples, o enlatamento envolve um encadeamento cujo maior objetivo é a entrega do produto limpo e seguro. A máquina de enlatamento inclui expedição de nitrogênio e luz ultravioleta, além da higienização com água. A perda de produção que no início atingia 8%, aprimorada e qualificada, reduziu para 0,5%.
Degustamos os três rótulos: leves, equilibrados e descomplicados, jovens e de fácil assimilação, os vinhos em lata da VIVANT seguem a proposta da empresa e do formato inovador. O público alvo são os jovens, o consumo em piscinas e praias, sem o ar de "frescura" que o vinho em garrafa remete. Um churrasco e - por quê não? - um jantar em um restaurante também podem ser públicos em potencial, ainda mais se o consumidor bebe pouco (e, assim, deve sê-lo nos dias de hoje) e/ou não é acompanhado em sua apreciação.
Além do conteúdo e seguindo tendência de mercado (a preocupação com a inclusão e o combate aos diferentes preconceitos, o que também remete a um dos objetivos da empresa, ampliar e desmitificar o consumo de vinhos), a VIVANT lançou os três produtos em duas linhas de produção em lata. Interessante inclusive para colecionadores de latas. A primeira o cerne foi gênero e a segunda raça. A linha de frisantes que logo vem aí remeterá à diversidade de corpos (gordos, deficientes).
Proposta contemporânea na forma e conteúdo que vale a pena ser conferida!.
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
Fotos by@GuiReOli
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