"EM TEMPOS DE M E N T I R A UNIVERSAL,

DIZER A V E R D A D E É UM ATO REVOLUCIONÁRIO"

George Orwel
"Quando enterrada, a verdade cresce e se sufoca, ganha uma força tão explosiva que quando vem a tona vai explodindo tudo."

Emile Zola

"Numa obra de arte, o crítico busca o teor de verdade (wahrheitsgehalt), o comentador o teor de coisa (sachgehalt). O que determina a relação entre os dois é esta lei fundamental de toda escrita: à medida que o teor de verdade de uma obra adquire mais significação, sua ligação com o teor de coisa se torna menos aparente e mais interior.

[...] então, somente ele [o historiador, o filósofo] pode colocar a questão crítica fundamental: a aparência do teor de verdade se prende ao teor de coisa, ou a vida do teor de coisa se prende ao teor de verdade?

Pois, ao se dissociarem na obra, eles decidem sobre sua imortalidade. Neste sentido a história das obras prepara sua crítica e aumenta assim a distância histórica de seu poder.

Se compararmos a obra à fogueira, o comentador está diante dela como o químico, o crítico como o alquimista. Enquanto para aquele madeira e cinzas são os únicos objetos de sua análise, para este apenas a chama é um enigma, o enigma do vivo.

Assim o crítico se interroga sobre a verdade cuja chama viva continua a arder por cima das pesadas lenhas do passado e da cinza ligeira do vivido. " Walter Benjamim

"NÃO PERCA TEMPO TENTANDO SER

NINGUÉM EXCETO VOCÊ MESMO,

PORQUE AS COISAS QUE TE FAZEM

UM ESTRANHO SÃO AQUELAS

QUE TE DEIXAM PODEROSO"
PLATT

UMA OBRA SÓ SE TORNA OBRA DE ARTE A PARTIR DA CRÍTICA.


CUIDADO!
ARTE inclui:Dança, Música, Teatro, Literatura,Pintura, Escultura,....., e todo trabalho que dedicamos (pelos nossos TALENTOS) e o realizamos com AMOR (sem inveja, nem dor, nem....)!!!!!!
"UMA FOTO É UM SEGREDO SOBRE UM SEGREDO.

QUANTO MAIS ELA DIZ, MENOS VOCÊ SABE."
D.A.



"A VIDA É UM SONHO.

TORNE-O REAL".
M.T.


"INCAPAZ DE PERCEBER A TUA FORMA, TE ENCONTRO EM VOLTA DE MIM.
TUA PRESENÇA ENCHE MEUS OLHOS COM TEU AMOR, AQUECE MEU CORAÇÃO, POIS ESTÁS EM TODO LUGAR"
A que se presta este blog??????????...............a estabelecer notícias, comentar fatos do cotidiano no e do mundo........elaborar alguma crônica de autoria dos blogueiros responsáveis (que, é óbvio, são maiores, responsáveis, éticos, e nada crianças - embora possuir a leveza das crianças "educadas" não seja nada ruim!!!!!).......realizar críticas, como pensamos não existir nas mídias que temos e vemos..........com, cremos, sabedoria e precisão.........com intuito de buscar melhorias em nossas relações com os seres vivos........e com/para o mundo..........se possível!!!!!!................



Críticas por e pela ARTE ( ESTÉTICA COM ÉTICA - como deve ser!!!! - desde a PAIDÉIA - A BILDUNG - .......ATÉ O SEMPRE!!!!!!!)




EDITORIA RESPONSÁVEL:
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA E
VERA MARTA REOLON

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Mississippi Delta Blues Festival - 16 edição


 O Mississippi Delta Blues Festival (MDBF) chega à sua 16ª edição se reafirmando como o maior evento dedicado ao Blues na América Latina. Nesse ano, o festival ganha uma nova casa: o Complexo Gastronômico Fabbrica, em Caxias do Sul (RS), que será o cenário de três noites intensas de música, cultura e celebração das raízes do gênero. O evento será realizado nos dias 20, 21 e 22 de novembro, com o tema “Windy City Edition”, em homenagem a Chicago (EUA), cidade norte-americana que moldou o som elétrico do Blues e influenciou gerações de artistas.

 

Na preview do evento mostrou a que veio. Houve apresentações, gastronomia, bebidas, boa música e, por que não dizer, um ambiente que remete sem dúvida ao que o Blues reverencia.  O Complexo Fabbrica estava repleto e nem a chuva afastou os blueseiros. A satisfação com o ambiente e com a música eram evidentes. Como já dito só um gostinho para ver mais em 20/21 e 22 de novembro. 


Além dos shows no Fabbrica, o festival estende sua programação para outros espaços culturais da cidade. Na Casa da Cultura Percy Vargas de Abreu Lima (Rua Dr. Montaury, 1.333, Centro), o público poderá conferir o MDBF Kickoff 2025, no dia 18 de novembro, a partir das 20h, com The Cotton Pickers celebrando 15 anos de estrada e performances do Studio de Dança Camila Oliveira. Os ingressos são R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). No dia seguinte, 19 de novembro, o estúdio volta ao palco da Casa da Cultura e apresenta o espetáculo de dança “Black Roots”, destacando as origens afro do blues, às 20 h. Os ingressos são R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). 

A conexão entre música e ancestralidade, referenciando o feriado de 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, também ganha destaque na sala de cinema Ulysses Geremia, no Centro Municipal de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho, que exibirá o documentário “Razões Africanas”, de Jefferson Mello, entre os dias 20 e 23 de novembro, sempre às 16h. O filme explora as ligações culturais e musicais entre o Brasil e a África, abordando temas como identidade, resistência e pertencimento. Com ingressos a R$ 20 por pessoa, quem apresentar ingresso do MDBF paga meia-entrada (R$ 10) nas sessões.

Para quem quiser aquecer os ouvidos antes da maratona de shows, o Salvador Fabbrica recebe, no dia 19 de novembro, às 20h, o guitarrista Álamo Leal, um dos grandes nomes do blues nacional. O ingresso é R$ 10. 

 Ainda, o maior festival de blues da América Latina terá cervejas exclusivas, inclusive!

 


 

 

Vera Marta Reolon

MdB 16.069

 

Guilherme Reolon de Oliveira

MDb 15.241

 

Fotos e vídeo by GuiReOli

 

 

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Julgamentos sobre a VIDA!

 

Julgamentos sobre a VIDA!

Vera Marta Reolon

 

         Hannah Arendt, aluna de Heidegger, filósofa política, judia. Quantos adjetivos para defini-la. Algum a define realmente em sua essência? Muitos, neles incluídos, principalmente seus colegas refugiados do nazismo nos EUA provavelmente não conseguiram compreendê-la.

         Ela viveu na Alemanha nazista, como professora de política. Perseguida pelo nazismo por ser judia, exila-se, foge para os EUA, onde se torna professora de alemão. Sem documentos vive condição de liberdade cerceada.

         Junto a outros refugiados perseguidos e judeus mantém grupo de discussões, encontros e contatos. Após a prisão/detenção de Eichmann, Hannah é convidada por uma revista para escrever sobre o julgamento do mesmo. A reportagem resulta em um livro onde ela vai questionar a forma como Eichmann é perseguido e capturado, levado preso para ser julgado em Nuremberg, onde seu julgamento acontece. Esta é uma grande questão de ordem ética, pois ela vai se contrapor a seus colegas judeus para pensar sobre formas humanas de ação e diferentes julgamentos sobre seus resultados e consequências.

         Por quê sou judeu e perseguido pelo nazismo, estou isento de julgamentos sobre meus atos e posso ultrapassar limites, inclusive na busca pela “suposta” (ou não ) justiça?

         Quanto a Eichmann, em  sua defesa, traz a ideia de que era um soldado a praticar atos sob o mando de alguém. Logo, não tem responsabilidade sobre tais atos. 

         Hannah abre discussão sobre esta proposição fazendo-nos pensar: se somos/estamos praticando atos sob ordens de alguém não conseguimos refletir sobre estas ordens, questioná-las e, quiçá, não as realizar se concluímos que são imorais, injustas ou/e vão contra nossos preceitos éticos? Quando recebemos ordens, mesmo que em situações de guerra, não temos autonomia de pensamento, a perdemos e apenas praticamos atos mesmo que errados, deixando de ser o que chamamos (ou entendemos ser) humanos?

         Em seu texto A Condição Humana, Hannah nos diz que, tanto Kant, com seu imperativo, quanto Sócrates , com seu “dois em um”, tinham a ética antes, já a portavam logo todo o imperativo e resolução já portariam preceitos éticos em sua origem. Isso quer dizer que, quando analisamos o imperativo de Kant e o “dois em um” (conversa consigo mesmo frente a um impasse que necessita resolução) socrático , devemos sempre ter em mente essa condição, qual seja a que a ética, o ethos já aí está.  Quando trazemos a ética em nosso ser, mais fácil será praticarmos e julgarmos atos com fins de atingirmos resultados justos.

         Grandes questionamentos de Hannah também se dão no campo da linguagem, quando declaramos “o povo”, a sociedade cometeu tal atrocidade, tal fato. Mas, quem é a sociedade? Ela dirá, quando responsabilizamos todos, não responsabilizamos ninguém, porque não conseguimos apontar um responsável.

         Tantas proposições filosóficas vindas de alguém que não se nomeava filósofa, mas sim do campo da política. E a filosofia, quanto nos ajuda a pensar nosso mundo neste pós Segunda Guerra e depois desta grande pensadora?

 

Palavras-Chave: Judeus , Nazismo, Julgamento, Responsabilidade, Ética, Filosofia.


quarta-feira, 5 de novembro de 2025

BILDUNG – METAFÍSICA DO PODER? - A arte e seus aprendizados sobre o homem!

 

BILDUNG – METAFÍSICA DO PODER?

A arte e seus aprendizados sobre o homem!

 

                                                                                    Profª Drª Véra Marta Reolon

Professora aposentada (UFRGS)

Doutora em Filosofia (PUC-RS), Doutora em Educação (UFRGS), Mestre em Letras e Cultura Regional (UCS), Graduada em Psicologia – Formação do Psicólogo (UCS), Bacharel em Ciências Contábeis (UCS)

E-mail: verareolon@terra.com.br

 

 

 

         O cenário é uma ópera de Richard Wagner: DAS RHEINGOLD – em tradução livre, Sobre o Ouro do Reno. A ópera é transpassada pela música, absolutamente campal, forte, poderosa.

         A cena se inicia com as Nereidas, em número de três, cantando seu cuidado e a determinação de seu pai, de que elas protegessem o ouro nas profundezas do oceano. Aparece um nibelungo que deseja desposar uma delas. Canta o amor a uma, que o renega. Depois à segunda, que repete o gesto da irmã. Por fim, a terceira também o rejeita. Ele, então, desprezado pelas três, rouba-lhes o ouro e o leva para seu mundo. As Nereidas, então, o amaldiçoam: “quem fica com o ouro, é porque rejeitou ao amor e aos prazeres do amor”.

         Outra cena. O ambiente agora é montanhoso, hipoteticamente um “céu” rochoso, onde “vivem” os deuses, comandados por Wotam. Este está casado com Fricka, irmã de Freya. Wotam, por algum temor, que não fica claro, apenas que pode ter sido induzido por Mime, manda construir, cercar o “palácio”, as terras, com um fortificado. Este fortificado é realizado pelos gigantes, que cobram pelo serviço. A cobrança era sabida e combinada com Wotam, no contrato. Concluída a obra, os gigantes querem o pagamento. Wotam sabe disso e é questionado pela esposa do absurdo da construção, considerando-a desnecessária. Afinal são deuses, imortais. Wotam não tem o valor do pagamento. Os gigantes então, exigem que Wotam lhes entregue Freya, paixão de um deles.

         A importância de Freya no reino imortal é que ela cuida das plantações, da árvore e dos frutos que dão a imortalidade e a juventude aos deuses. Entregando-a aos gigantes, não só perdem a irmã de Fricka, mas também a possibilidade da juventude e imortalidade. Que deuses seriam, então?

         Como não há a possibilidade de quitar a dívida de outra forma, entregam Freya.

         Se vão os gigantes com Freya e prometem devolvê-la apenas quando do pagamento da fortaleza.

         Mime, como um demônio, a viver com os deuses, sabedor da história das Nereidas, convence Wotam a buscar o ouro com o Nibelungo, em princípio para devolvê-lo às Nereidas.

         Wotam chega às profundezas do oceano e, em uma jogada de esperteza, consegue tomar o ouro do Nibelungo e levá-lo. Este, antes de levarem o ouro, amaldiçoa o que tiver o ouro e o anel de ouro, que morrerá por ele. Wotam paga, assim, o que deve aos gigantes, recupera Freya.

         Um dos gigantes, dizendo ao irmão que, como aquele só queria mesmo Freya e nada mais, o mata para ficar com o ouro só para si.

         Os deuses se encaminham ao cercado, agora com Freya.

         Mime questiona Wotam, sobre a não devolução do mesmo aos oceanos e às Nereidas, logo o não restabelecimento do equilíbrio, o que Wotam nem dá atenção.

         Ao final da peça, Wagner nos mostrar um Mime a arder, com roupas de um vermelho vivo, afogueado.

 

 

         È interessante observar que tudo isso, a ópera, sua concepção se passam no século XIX, em plena vigência do que a Alemanha chamou de Bildung, uma busca pelo revisitar a Paidéia grega, com sua efervescência cultural, com a busca por um crescimento intelectual, cultural, estético, do mundo grego da antiguidade.

         A Paidéia grega prezava a busca de um crescimento que extrapolava o intelectual, que extrapolava a arte. Era um mundo de crescimento exterior que jamais se desvincularia de um grande crescimento interior. O homem aqui era o que cultuava esse crescimento, o saber, a sabedoria, o fazer estético, jamais desvinculado da ética subjacente.

         Note-se que a ética para o grego era aquilo que podemos explicar, além da moral, do costume, que o latim tentou traduzir e adaptar como sendo de mesma etnia. Ética era o lugar das casas, onde como um altar, com objetos sobre ele, que simbolizavam os antepassados, os familiares, em uma situação de crise que necessitava de uma decisão, giravam até encontrarem uma resposta que venerasse e honrasse a todos que aí estavam e aos que viriam além deles.

         Logo, todo fazer, deveria estar impregnado de saber, de sabedoria, de verdade, de arte (fazer arte – agir esteticamente), mas SEMPRE como um ATO ÉTICO por excelência.

         O homem grego utilizava deste preceito para lançar-se no que Foucault mais tarde retoma, nomeando de CUIDADO DE SI!

         O HOMEM GREGO, ENTÃO PARA SAIR DAS CAVERNAS e viver na cidade, deveria buscar esse cuidado de si, esse crescimento, essa preparação para “governar” as cidades.  è   aqui, centra-se o que, resumidamente os gregos nomeavam como PAIDÉIA!

 

Nietzsche, no século XIX, entre outros, na Alemanha pré-guerras, busca revisitar a idéia da Paidéia, para o tempo alemão, com o que chamaram de BILDUNGè um restabelecimento do agir, do fazer, do estar no mundo, da Paidéia grega para um novo tempo, para uma nova efervescência cultural, ético-estética, agora como centro do mundo alemão e seus pensadores, artistas...Richard Wagner é um dos grandes expoentes deste tempo e busca a Bildung com galhardia na música. Nas óperas indiscutivelmente.

 

O que vejo, em princípio, nesta transposição artística?

 

Wotam não precisava de uma fortificação para seus domínios. Os deuses são imortais, são deuses. Por quê o faz? O faz induzido por um manipulador? Mas, por quê se deixa seduzir por coisas das quais não precisa? Por quê não ouve sua mulher, em princípio, como ele mesmo diz, por quem “perdeu um olho” (sic) para tê-la (literalmente, pois está com um olho cego!). Ainda, faz um contrato com os gigantes, que sabe não poder pagar e corre o risco de perder a imortalidade, a juventude, própria dos deuses, logo perder assim, suas essências, como deuses que são.

O Nibelungo entrou no jogo do poder do ouro, mas sabia, e o fez depois de tentar o amor e seus prazeres com as Nereidas, logo sabia que negar o amor era uma conta que pagava para ter o ouro e o poder advindo dele. O equilíbrio perdido no ar, terra, água estava quebrado, com sua atitude. Mime, em princípio queria restabelecer o equilíbrio. Há interesse nele de que isso se dê? Wagner, com o “queimar” de Mime, no final da peça, nos dirá que não! Os gigantes, em princípio não queriam o dinheiro, o ouro, queriam Freya, um por amor, o outro, quiçá para obter a juventude e a imortalidade.

Chega-se, ao término da peça com a idéia que o PODER é absolutamente VAZIO de quaisquer significados, pois ninguém está satisfeito com o resultado de seus atos, da condução dos acontecimentos.

 

Lévi-Strauss compara o objeto mitológico a uma partitura de orquestra que se deve ler horizontal e verticalmente. “Música e mitologia se apresentam, aos olhos de Lévi-Strauss, como imagens inversas uma da outra, desde a invenção da fuga, cuja composição se reencontra na narrativa mítica. A música tomou o lugar do mito: ‘quando morre o mito, a música torna-se mítica da mesma forma que as obras de arte’” (DOSSE, 2007, p.341).

 

Será, e me pergunto sempre, que tais elucubrações não são as precursoras dos acontecimentos a que chegamos no Holocausto judeu, nas guerras mundiais, no entre guerras, no horror inclusive questionado por judeus, como Hanna Arendt em seu belíssimo Eichmann em Jerusalém? E, quiçá, na fragmentação, inclusive acadêmica que vivemos hoje, em todos os campos do saber, que evidencia o quanto nos distanciamos das idéias da Paidéia, indo justamente na contramão de tudo aquilo que lemos e estudamos daquele período e de seus ensinamentos?  

 

Vontade, Poder, Desejo é a própria Paidéia em ação, é todo o agir estético, logo, absoluta e completamente ÉTICO POR EXCELÊNCIA! Qualquer coisa, qualquer agir, diferente deste não chega no ato Techné grego, que também seria estético, mas diferente da Arché, mais idealizado, mais em busca do BEM, do BOM, do IDEAL, portanto.

 

Schoenberg em seu texto, com textos criados, revisitados, inicia, assim, seu texto, A RELAÇÃO COM O TEXTO:

“Há relativamente poucas pessoas capazes de compreender de modo puramente musical o que a música tem a dizer” (SCHOENBERG, 2013, p.69).

 

A música está para além das notas, está para além da composição, dos arranjos, por mais belos que possam ser. A música está para além de uma voz, harmoniosa ou não. A música está no agir musical. A música está no ato estético por excelência. A música, logo, está no agir ÉTICO por excelência. Está no mais distante do PODER pelo poder, no Poder que, diria Lacan, atem-se a PARANÓIA, no vazio do poder. A música está no DESEJO que é absolutamente pessoal, intransferível, no DESEJO que nos constitui como seres ÚNICOS que somos. A música está no agir Estético, desde a Paidéia, a VERDADEIRA MÚSICA ESTÁ NA ÉTICA SUBJACENTE A TODO NOSSO AGIR E SER!.......... só assim!!!!! 

 

                   

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

ARENDT, Hanna. Eichmann em Jerusalém: Um relato sobre a banalidade do mal. SP: Cia das Letras, 1999.

 

DOSSE, François. História do Estruturalismo. Bauru: Edusc, 2007.

 

KANDINSKY, Wassily; MARC, Franz (Org.). Almanaque O Cavaleiro Azul. SP: EDUSP, 2013.

 

PLATÃO. A República. SP: Nova Cultural, 2000.

 

WAGNER, Richard. Das Rheingold. DVD, 1990/2008, Deutche Grammophon, gmbh, Hamburg

Entre outros autores...              


quarta-feira, 13 de agosto de 2025

CARPE DIEM

 

Aproveita o dia

Walt Whitman*

 

Aproveita o dia,
Não deixes que termine sem teres crescido um pouco.
Sem teres sido feliz, sem teres alimentado teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue o direito de expressar-te, que é quase um dever.
Não abandones tua ânsia de fazer de tua vida algo extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias sim podem mudar o mundo.
Porque passe o que passar, nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis.
Nos derruba, nos lastima, nos ensina, nos converte em protagonistas de nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes trocar uma estrofe.
Não deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso. Não te resignes, e nem fujas.
Valorize a beleza das coisas simples, se pode fazer poesia bela, sobre as pequenas coisas.
Não atraiçoes tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos remar contra nós mesmos.
Isso transforma a vida em um inferno.
Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda a diante.
Procures vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprendes com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.
Não permitas que a vida se passe sem teres vivido…

 

*Walter Whitman (1819–1892) foi um jornalista, ensaísta e poeta americano considerado o “pai do verso livre”.

 


sexta-feira, 11 de abril de 2025

De azeites, azeitonas e oliveiras - Descobrindo este Mundo de Delícias!!!

 


 

    O universo da gastronomia é muito diverso: cada alimento, cada prato, apresenta uma amplitude de conhecimentos. Não poderia ser diferente com os azeites. Mas, ao contrário do que se pensa, o azeite é tão diverso, quanto enriquecedor. Tivemos a honra e a alegria de ter duas aulas com a somellier de azeites, professora Maria Beatriz Dal Pont: uma téorica e outra prática, embora Maria Beatriz faça às vezes dos dois com expertise e maestria que só ela sabe ter. 



    Ao lado da uva e do trigo, o azeite figura na história da humanidade como sagrado, religioso, mas também como fundamento da civilização ocidental, cristã. Surgido na Pérsia, se espalhou pelo Mediterrâneo, especialmente pelos excelentes terroirs espanhóis, e adquiriu o status de medida de riqueza pelo Império Romano que classificou os azeites por tipo e destinação. Na Grécia, estava presente nos banquetes e no esporte, com atributos transcendentais.  


    A oliveira, que dá origem às azeitonas, passa a ser símbolo de paz, da abundância.






    Em momento posterior, Espanha, Portugal e Itália passam a ter protagonismo: Espanha na produção de azeites; Portugal, na comercialização; Itália, com os maquinários.  


    No Brasil, a Família Imperial determina a plantação de oliveiras no Rio Grande do Sul, para delimitação de terras, o que não se sustenta ao longo do tempo. Atualmente, o estado tem 300 produtores de azeitonas, em 108 municípios. São quase 70 empresas. Na região da Campanha, promoveu o resgate econômico, juntamente com as nogueiras. O grande destaque, no entanto, é a Serra do Sudeste do RS.















    Cabe mencionar, ainda, que o Brasil é o segundo maior importador de azeite do mundo. Os grandes entraves nacionais são a comercialização e a produção, dado que são necessárias muitas especificidades para uma boa safra. Uma vez que as azeitonas tem uma constituição de 50 a 58% de água, para seu cultivo são necessárias 200 horas de frio intenso, o máximo possível de dias de sol e zero umidade. 

 

    Pudemos, através da excelente didática da sommelier Maria Beatriz Dal Pont, conferir as diferenças sensoriais – olfato, paladar e coloração - de quatro azeites: o Gaita (produzido em Bom Jesus), o Pequenas Partidas (Chileno, produzido pela Aurora), o Capolivo (de Canguçu, da variedade koroneiki, azeitona grega caracterizada pelo amargor), e o Batalha (de Pinheiro Machado, muito singular). 




    Para um azeite ser considerado bom é primordial o que Dal Pont coloca como “zero defeitos”: ser frutado ou herbáceo, ser amargo, ser picante e ter, do ponto de vista químico, acidez baixa (0,8% de ácido oleico a cada 100g de azeite). Um desafio e tanto!


    Nos saboreamos com o conhecimento e a delicadeza da anfitriã curtindo o gostoso espaço do Restaurante Amada Cozinha, da filha de Maria, Caroline, que nos recebeu com delicadeza singular. 



 

    A maravilhosa professora sommelier cuidou de todos os detalhes para podermos aprender e saborear os diferentes "toques" de sabor das oliveiras, como só uma expert sabe fazê-lo com maestria e didática ímpares!!!



GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241


VERA MARTA REOLON

MTb 16.069


FotosbyGuiReOli e seleção da anfitriã. 

 

VILLAGIO TRENS - A Moda Outono/Inverno em Desfile!!!

     Aconteceu, nos dias 26 e 27 de março, o Villagio Trends, mais novo evento de moda da Serra Gaúcha. 


    O evento, que buscou resgatar o orgulho que o Shopping Villagio tem pela sua atuação e história em Caxias do Sul, bem como as destacadas semanas de moda que aconteceram no antigo Iguatemi, foi um sucesso.


    A estrutura conectou família, esporte e moda, expressão, cultura e desejos, por meio de 4 módulos de desfiles, dois em cada noite do evento. A proposta era criar looks que remetessem  ao Outono/Inverno e as coleções vinculadas, o que, pensa-se atingiu os objetivos de forma magistral.

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    Para comemorar os 29 anos de história do empreendimento comercial, o Villagio Trends reuniu um time de lojas de peso: Riachuelo, Hering, Paquetá, Beagle, Bagaggio, Carters, 

Ferraro, Decathlon, Coliseu, Centauro, Pole modas, Dullius, Melissa, Trópico, Bibi, Usaflex, Dudalina, Calvin Klein, Jorge Bischoff, Live, Amoh, Hope, Schultz, Victor Hugo. 


    Além das lojas já citadas e suas marcas, a parceria teve apresentações vinculadas ao Curso de Moda da Universidade de Caxias do Sul, o que tornou o evento ainda mais impactante. 

 













GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241

VERA MARTA REOLON
MTb 16.069

VídeosbyGuiReOli

IMC e o SAIA DO ÓBVIO!


     Agência IMC, da jornalista Irene Marcondes, promoveu, no último dia 11 de março, no Sebastiana Restaurante, um evento para celebrar – e premiar – parcerias duradouras com seus clientes: o “Get Together Agência IMC”. Além de homenagear seus clientes fiéis, o evento também apresentou o novo posicionamento da agência e o lançamento de sua campanha institucional. 

    Os homenageados da noite foram os clientes que completaram cinco anos de parceria com a IMC em 2025, clientes que apostaram e confiaram na agência durante a transição do marketing analógico para o digital: BrMetal, Forma Utilidades, Lubritec, Multiflon, Pisani Plásticos, Postos Rodeio. As empresas receberam um troféu personalizado.


 

    O evento também apresentou a nova campanha “Saia do Óbvio”, que marca um novo momento para a IMC. A proposta da campanha é mostrar que a agência rompe com o convencional, quebra padrões e transforma desafios em oportunidades inovadoras, reforçando o compromisso com a criatividade e a originalidade. 


    Irene Marcondes trabalha em Marketing e Comunicação Empresarial há mais de 20 anos. E a IMC tem, atualmente, 17 colaboradores, atuando em três pilares: conhecimento profundo, estratégias personalizadas e oportunidades valiosas.  




VERA MARTA REOLON

MTb 16.069



GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA

MTb 15.241



FotosbyGuiReOli