Conhecemos o trabalho de Bez Batti há cerca de vinte anos; uma arte singular, contextualizada na Estética do Frio, esta conceituada por Vitor Ramil. O manuseio do basalto, pedra que caracteriza a Região de Colonização Italiana na Serra Gaúcha, o torna um artista peculiar: Bez Batti a transformava em formas "sem forma", ora lapidadas, lisas, ora porosas, por vezes numa mesma peça. Uma representação dos que aqui vivem: transição entre brutos e "polidos", buscando modernização ao mesmo tempo que tradição e conservadorismo transparecem em cada ato. Algumas obras de Bez simbolizam muito o angular e o circular, remetendo também a estes intermezzos, transições.
Picassianas não é uma releitura
de Picasso, mas uma ode à obra do espanhol, à revolução que aquele provocou na
história da arte ocidental, especialmente quando valoriza o primitivismo, as
máscaras de povos tradicionais, talvez ao originário da arte. Os cavalos, os
ângulos, os traços cubistas em rostos que, em um diálogo com Picasso, Bez Batti
transfigura seu estilo particular: a expertise com a pedra, o liso polido e
brilhante, em contraste com as ranhuras e os sulcos opacos, espinhosos. Bez
Batti, com a série Picassianas, se mostra uma referência para a escultura e
para a arte, não apenas brasileira, mas internacional.
Imagens de divulgação do Atelier do Artista
GUILHERME REOLON DE OLIVEIRA
MTb 15.241
VERA MARTA REOLON
MTb 16.069
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