Não creio em nenhuma dessas hipóteses.
Mas um espetáculo deve ser avaliado por sua proposta ou por sua apresentação? Se a proposta foi a mencionada, ou outra, não se sabe; a apresentação, infelizmente, não teve êxito em seu casamento (se é que houve um) música-dança, ponto-chave: não havia conexão entre as artes, apenas em poucos instantes fugidios, o que faz com que uma pudesse ser acompanhada sem a outra.
Houve falta de timing; no estalar inicial, no qual houve projeção do poema-tema (projetado de forma a que os espectadores das laterais não pudessem lê-lo por completo), no entre-atos e no final, quando também houve projeção, desta vez dos créditos (como em um filme – créditos demais, já dispostos no programa e também não visíveis a toda a platéia).
No quesito técnico: muitos pontos a melhorar, em uma temática que poderia render muitas aberturas poéticas, a coreografia pecou por um minimalismo sem expressividade. Alguns bailarinos ainda estão muito “duros”, sem maleabilidade, o que compromete a obra, ainda mais uma que trata de fluidez, mar (?), o ninar de um bêbê (?)...
Infelizmente, muitas expectativas frustradas.
Uma dica: para assuntos simples, obras complexas; obras simples para assuntos completos. Um tema tão delicado, jamais deve ser abordado simploriamente.
Guilherme Reolon de Oliveira
MTb 15.241
OBS: Parece que o público anda aprendendo que não se aplaude nos entre-atos, apenas no final, o que já é um ganho, porém os espetáculos devem começar no horário proposto (ultimamente, são as portas que estão sendo abertas neste).
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